Pântano Negro

Eiril caminhava pelo pântano negro, o lodo daquele imundo lugar chegava na altura de seus joelhos e não havia áreas secas em seu campo de visão, as árvores estavam todas em mal estado, se subisse em alguma com certeza cairia dela, pois os galhos já estavam cedendo, o cheiro era insuportável, porém, já estava a se acostumar, o que não quer dizer que não se incomodava com aquilo, era noite, os sons de uma tempestade dava pra ser escutado, em poucos minutos começaria a chover.

A perna de Eiril bate sem querer em um esqueleto de meio-orc, dava pra reconhecer pelo formato do crânio e as presas, era comum esbarrar sem querer em alguma coisa em decomposição, afinal, nem os olhos do Drow conseguiam enxergar direito o que tinha abaixo de tanto lodo e a hostilidade do lugar estava em todos os lugares.

Eiril tinha que se apressar, a chuva que viria agitaria a fauna daquele lugar, e com certeza o drow não queria pisar sem querer na cabeça de um crocodilo, Eiril deveria saber que passar pelo pântano não era algo muito inteligente a fazer.

O drow apenas vê árvores de vários tamanhos, algumas ainda parecem ter pouca resistência, outras caindo aos pedaços, não conseguia ver nada de otimista, mas o elfo sabia que estava na direção certa. Por enquanto nada de muito assustador era notado, apenas algumas cobras, nos troncos de algumas árvores por onde o drow passava, na sua frente a neblina começava a diminuir, sinal de que a chuva estava cada vez mais próxima.

A caminhada de Eiril foi longa e perigosa, porém conseguiu passar pelo pântano, por um momento achou até que estava perdido, e quando começou a chover piorou demais, podia ver cobras nadando próximo a ele, mas aquele era seu dia de sorte, elas não estavam muito interessadas no drow, além disso, nenhuma criatura sobrenatural, nenhum espírito, nenhum crocodilo, enfim, nada das criaturas temidas do lugar teve a sorte ou azar de abocanhar o drow naquela noite.

Estava amanhecendo agora, e já não estava mais no pântano, a vegetação começa a baixar e ficar mais aberta, estava numa terra bonita, longe do que se via a pouco tempo atrás.

O drow agora tem em sua visão uma vila, com poucas pessoas caminhando em suas ruas, muitos ainda estavam dormindo aquela hora. Eiril podia imaginar que aquilo era Nevton, a terra dos meio-elfos, um lugar mais tranquilo a preconceitos, porém não nulo.

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