Centro

Drenn resolveu se mudar para Dittisworth depois do trabalho no qual entrou a aberração que lhe feriu o olho. Percebeu que aquela vila era mais calma do que Urchblade, que podia viver por mais tempo sem ter que lidar com perguntas irritantes. Foi em Urchblade que perdeu a mão para aquele nobre Teodolf, onde conseguiu viver por muito tempo porque na infância ainda era mais parecido com humanos...

As ruas sombrias eram seu lar, onde a noite se divertia fazendo seu teatro. E onde a violencia e intolerancia são pregados como leis, as sombras se adensam. Coberto com capuz e capa, ocultando sua origem, ele rumava para uma das velhas pocilgas, onde os trabalhos que não deveriam ser vistos pelos olhos do dia se organizam. Uma velha conhecida para ele, que não tinha outra escolha, de qualquer maneira. Pelo menos era divertido na maioria das vezes

Dittisworth, certamente Voul-loss se sentia em casa, o lugar era o lar dos ladrões, claro, ele deveria tomar cuidado, afinal, não era o único ladrão dali, certamente não era.

Era noite e estava chovendo, as ruelas estavam desertas, o meio-orc andavam sozinho entre elas procurando por alguma pocilga.

O meio-orc caminhava por uma ruela e vira em uma dessas que iam para a direita, no caminho que ia consegue avistar uma casa de madeira, com uma faca cravada na porta, mais a frente havia outra ruela a direita, na esquina desta, estava uma mulher encapuzada, vestindo preto, parecia ser uma mulher pelo volume na altura do peito.

As gotas que caiam sobre seu manto de tecido grosso faziam um ruido aspero porem agradavel. Ele não se importava com a chuva, na verdade até gostava. O fazia esquecer da sensação abafada daquelas ruelas.

Aquele parecia ser um sinal que procurava, uma faca. Talvez dois. Uma informante para os serviços sujos, esperando em uma esquina. Encapuzada, roupas escuras, noite. Combinava com o padrão. Manteve a atenção no que parecia ser o contato, enquanto empurrava a porta com a faca, vendo se esta estava aberta para "visitas".

O meio-orc empurra a porta, porém esta estava trancada, enquanto isso, a mulher desencosta da parede que estava e caminha em direção ao meio-orc.

Voul-loss não é tolo, a noite de Dittisworth não era das mais tranquila, e qualquer um naquelas horas seria alguém a se desconfiar, sendo assim, o meio-orc direciona sua mão existente para perto da cintura, já que a mulher caminhava em sua direção, talvez fosse melhor ele prevenir-se.

Quando a mulher se aproximava, o meio-orc consegue perceber que a mulher encapuzada era uma Drow, notava que os olhos eram vermelhos e a pele era escura, num tom acinzentado, só por isso já dava pra julgar que era uma drow. A mulher então fala em voz baixa a Voul-loss.

- Se eu fosse você eu não encostaria em nenhuma lâmina, observe melhor em sua volta. A drow direciona a sua cabeça aos telhados das casas altas daquela ruela, mostrando a Voul-loss mais quatro seres encapuzados, dando a entender que lutar não seria algo inteligente a fazer. - O que você procura criatura? A drow pergunta a Voul-loss.

Drenn retira lentamente a mão da porta, dando um riso restrigido ao ver a mulher se aproximar. Ele permanece sem se mecher enquanto isso, atento aos movimentos dela.

Uma elfa negra, uh ? Não sou o único então que quer apunhalar cada habitante dessas terras

A expressão volta ao selvagem habitual quando observa rapidamente os arredores, notando a companhia "agradável" que lhe foi apresentada. Responde tambem baixo, com sua voz glutual, quase chegando a rugidos.

Ja começaram bem. A chuva apagaria o sangue deles, e os corpos eu poderia jogar naquele...

- Chamar a sua atenção. Consegui. Agora vamos falar de negócios.

Ele ergue a mão devagar, dando um peteleco no metal da faca cravada na porta, fazendo-o ressoar. Indicava com isso que tipo de negócios estava ali para tratar.

- O que tem para mim ?

- Para você?... Não acho que um aleijado de conta do serviço que estamos oferecendo! A drow responde ao meio-orc com ironia, algo comum para os drows.

- Retire seu capuz, deixe-me ver seu rosto infeliz!... Será lhe oferecido muito ouro pra ficar no anonimato!... E se os negócios irem bem, a gente adentra a casa pra tratar dos detalhes mais importantes! A drow esboçava ser esnobe e esperava resposta do ladrão.

A chuva continuava e as ruelas continuavam vazias, a noite era mesmo sombria em Dittisworth.

E se eu te deixar aleijada, dará conta ?

- Se este aleijado não fizer, então desista do serviço.

Drenn retira o capuz com sua unica mão, revelando sua face bestial incomum, marcada, e com a ausência de um olho. O que ainda existia, brilhava em um tom fraco de amarelo. Assim como ela, suas orelhas eram pontudas. Os cabelos começam a acumular a água da chuva, que logo escorreria por sua face. Ele olhou demoradamente para cada um

- Agora que todos viram e se apaixonaram pela minha cara linda, estão prontos para ganhar dinheiro ?

- Meio-orc, você é a criatura mais feia que já vi!... Entre, você irá falar com meu líder.

A drow abre a porta da casa velha e empurra o Meio-orc pra dentro dela antes que alguém os visse. Adentrando a casa Drenn percebe um outro Drow sentado no centro do Hall da casa, com outros dois drows em pé no seu lado, um a direita e outro a esquerda, a casa estava em mal estado, havia muito pó e sujeira, porém ninguém ali se incomodava com aquilo, além disso não tinha nenhuma decoração, somente a cadeira do drow e a mesa em sua frente, a iluminação vinha de duas tochas acesas e presas em um suporte, na parede atrás do drow.

A drow ficou do lado de fora da casa, então estava o meio-orc e os outros três drows no hall da velha casa. O drow que deveria ser um líder era velho, tinha cicatrizes no pescoço e a pele estava franzida já, para um drow era um sinal óbvio de velhice. Então sem falar muito ele coloca um papel sobre a mesa e pede para que o Meio-Orc dê uma olhada no papel.

O Meio-Orc se aproxima da mesa e pega o papel nas mãos, a pouca iluminação não atrapalhou muito sua leitura, era um contrato, a imperatriz Drow recompensava aquele que levasse a drow Lyari até Dinmouth com vida, apenas com vida, o contrato deixava claro que a Drow era uma desertora. A recompensa não era informada no contrato, mas a imperatriz garante que a recompensa era grande o suficiente para garantir uma boa vida para quem conseguisse capturar a Drow. No contrato havia um desenho da aparência da Drow e também a descrevia fisicamente, além disso, o contrato informa que um jovem drow de apelido e sobrenome Eiril poderia saber alguma coisa sobre o paradeiro de Lyari, porém este também havia saido da terra dos Drows.

Acabando de ler o contrato, o velho drow fala com o meio-orc: - Nossas forças vasculharam silenciosamente cada canto de Dittisworth, um lugar que a desertora poderia ter vindo, porém nada feito, não está aqui, a drow poderia estar também em Nevton, ou em qualquer outro lugar de Callystia que não fizesse parte dos elfos ou de humanos... A imperatriz se sente insegura fora das terras dela, Dittisworth foi o único lugar que arriscou procurar, a corrupção e a ladroagem desta terra não traria problemas de relações com governadores humanos, não é tempo de iniciar qualquer tipo de guerra, então sejá cuidadoso se aceitares este serviço... Eiril, o jovem mencionado no contrato tinha um namorico com uma elfa chamada Haama Mahsal, você não sendo drow poderá entrar a terra daqueles malditos e achar alguma informação, porém aqueles malditos odeiam sua raça quase tanto como a minha... Enfim, leve este contrato contigo e esta ordem de prisão se aceitares o serviço!... Não será tão fácil capturar Lyari, já vou avisando.

Drenn olhou bem o lugar quando entrou. Estranhamente, se sentia confortavel. Era assim que vivera toda a vida, sem regalias, sem confortos, e eles se tornaram estranhos para o meio-orc. Não se lembrava de ter vistos muitos elfos negros na vida, e muito menos um velho, o que o impressionou. Parecia que não tinham muito problema com iluminação, assim como ele.

Assim que leu o papel notou a hierarquia de seu governo. Imperatriz, parecido com os humanos. Uma imagem de uma drow, interessante. Todas elas eram esculturais daquela maneira ? Todos eles caçavam seus semelhates como os humanos ? Não havia raça unida. Procurou pela imagem dos outros dois individuos citados, mas não encontrou.

Sem valor, que inusitado. Não consegue nem mentir um preço. Isso da muita credibilidade. Não sabem o paradeiro do alvo nem dos informantes...espere, ele disse viva ?!

Viva ? Sigh...apenas para complicar. Que seja, viva não significa inteira.

Pegou o contrato e a ordem, dando a resposta aos drows.

Algum desses pedaços de papel tem valor de autoridade para os elfos...elfos brancos ? Onde irei receber meu pagamento ?

- Esses papéis só interessam aos Drows... Como é seu nome mesmo?... Lyari e Eiril saberão que a desordem do mesmo significa a morte... De uma forma ou de outra, os desertores drows sempre são pegos. Porém, os elfos odeiam um drow entre eles, ainda mais um drow desertor. O velho elfo explica a importância dos papéis para eles, de fato, não importava muita coisa, só servia como prova de que a imperatriz drow estava mesmo atrás de Lyari e que a mesma era perigosa para viver em sociedade.

- De fato meio-orc, viva não significa inteira, se quiseres, corte as duas pernas para não lhe incomodar, mas a vida da drow é de extrema importância para a imperatriz... Leve a drow na corte de Dinmouth, os guardas estarão de prontidão e levarão você e a desertora até a imperatriz, é ali que você é recompensado, pela própria imperatriz... Agora vá, não aguento mais falar por muito tempo... O Drow dá as ultimas instruções ao meio-orc, sua voz já estava fraca, então ele levanta-se vagarosamente e espera o meio-orc partir.

Drows, e orcs, e anões. Os elfos já podem se chamar orgulhosamente de humanos

Sabendo que os papeis não o ajudariam em nada, Drenn os enrolou e guardou dentro de suas vestes.

Posso amacia-la, otimo. Esse trabalho ficou um pouco melhor, mas ainda incomodo. Ah, vou ser levado junto ao alvo para dentro do reino deles. Um trabalho muito...empolgante...

Drenn fica curioso ao ver o velho perder as forças. Ele permanece o olhando por um bom tempo, de silencio incomodo e negro. Era como se esperasse que o velho morresse naquele instante, para assistir o momento. Então coloca o capuz, se vira, e leva a mão até a porta, abrindo-a.

- Conto meu nome quando voltar com a desertora

Então, se nada impedisse, ele sairia da casa.

O Orc e o drow trocaram olhares por alguns instantes, olhares frios que nenhum dos dois se atrevia a desviar, como se estivessem brincando de encarar. Até que finalmente Drenn coloca seu capuz e dá as costas para aqueles homens.
- O que pensa que está fazendo? Ele te fez uma pergunta, responda! -
O drow que estava a esquerda do líder segurou o braço direito de Drenn, impedindo que ele saísse.
- Acho que esse aqui não entendeu muito bem qual o lugar dele, o que acham de darmos uma lição nele antes de ir? - Sua voz estava recheada de sarcasmo.
Os três drows começaram a rir, tentavam assustar o orc.

Sentiu com surpresa que um dos drows ousou segurar seu braço para evitar que ele saisse.

Como é ?!

Drenn lançou involuntariamente um rosnado baixo e longo. Ele não se voltou para eles. Supondo que tinha mais força que aquele que o prendia, puxou violentamente o braço, fosse para se soltar apenas ou para derrubar o elfo negro.

Largue me braço antes que perca o seu! O tempo que quer me fazer perder aqui é o tempo que lhes traria mais cedo a sua traidora. Vão brincar com alguma vitima inocente perdida nas ruas.

O rosnado do meio-orc, mesmo que a amplitude sonora deste tenha sido baixa, serviu como um tipo de aviso para os drows, deixando-os alertas. Aquele que segurava o braço de Drenn reforçou seu aperto para garantir que este não se soltasse.
Felizmente isso só facilitou as coisas para o orc, aquela criatura realmente nao esperava por aquele puxão pois caiu e chocou-se violentamente contra o chão, soltando a mão de Drenn.
O chefe nao parecia dar nenhuma atenção a cena, ignorando-a completamente.
Agora livre Drenn finalmente saiu da sala. Do lado de fora ele reencontrou a drow, assim que esta o viu foi ao seu encontro, andando calma e lentamente.
- O que aconteceu lá dentro? O que foi aquele barulho? – Ela quis saber.

Off: Pode ignorar a drow se quiser, e peço que por favor coloque o link da sua ficha na assinatura. >.<

Off: Feito milady !

Resmungou algo incompreensivel e saiu da sala. Ao ser abordado pela drow que estava do lado de fora, a bola amarela brilhante, que era sua iris, fixou nela apenas por um instante

Um dos seu irmãos caiu. Chão velho...

Ao ar livre enfim, o meio-orc seguiu por qualquer das ruas longe dos drows e seus comparsas, enquanto relembrava o caminho para sair da cidade. Formava na cabeça qual estrada deveria tomar para chegar a terra dos elfos.

Vai ser divertido se os elfos começarem a atirar flechas quando me verem.

Ainda era noite, não que isso fosse um problema para o meio-orc. Não se via praticamente ninguém pelas proximidades.
Drenn andava pelas ruas se dirigindo a saída da cidade, estava tranquilo, nada aparecera para atrapalhar o seu caminho, pelo menos não até agora.
Ruas, ruas, ruas, todos os edifícios pareciam ser iguais naquele lugar, mas foi caminhando por entre aquelas construções que Drenn viu uma coisa interessante.
Havia uma jovem agarrando-se a beirada de um prédio com todas as suas forças, o orc não sabia como ela foi parar naquela situação, mas podia perceber que ela não aguentaria mais muito tempo, em breve iria cair.
E a mocinha não estava sozinha, parecia ter um homem em cima da sacada a qual a jovem se segurava. Estava meio longe e Drenn não conseguia ver claramente mas aquela pessoa era extremamente parecida com Dukkai.

Obrigada por colocar o link da ficha <3. E peço desculpas pela minha demora >.<

Cada viela e beco escuros eram como um lar para Drenn, onde não o podiam ver, não o podiam discriminar, agredir ou... serem forçados a implorar por suas vidas.

E falando em implorar por vidas, o olhar de Drenn foi naturalmente se desviando até reconhecer na escuridão uma mulher dependurada. Ele parou em seu caminho, olhando aquela cena, e lá viu um rosto que não esqueceria. Podia estar mais velho, mais feio, mas o meio-orc nunca esqueceria. O sangue correu rápido pelo seu corpo e ele sentiu a raiva aquecer sua carne.

-Ele, é ele ! Infeliz, você é meu !

Aproximou-se, se esgueirando pelas sombras, o mais perto possivel de onde estava acontecendo o fato. Seu capuz, garantiu de estar cobrindo sua cabeça, sua identidade. Queria ouvir o que pudesse entre aquelas duas pessoas, e caso ela caisse, agarrasse antes que se espatifasse no chão. Ela poderia lhe ser muito util.

Drenn aproximou-se sem ser notado por nenhuma daquelas pessoas, quanto mais perto ele chegava melhor ele conseguia ver os envolvidos na cena. A mulher era branca, tinha cabelos longos e loiros, olhos claros, corpo voluptuoso e não era uma humana e sim uma elfa. E o homem era Dukkai, agora já não havia mais duvidas.
Aonde o meio-orc estava não era possível ouvir o que eles diziam, apesar de estar prestes a cair aquela jovem parecia manter a calma, o que provavelmente não estava agradando muito Dukkai pois segundos depois de Drenn posicionar-se em baixo da elfa o humano pisou nas mãos da mulher, que caiu imediatamente.
O tirano virou-se e desapareceu da vista de Drenn, provavelmente ele ainda estava no prédio, mas pelo menos o orc conseguiu pegar a elfa que caia, ela estava tapando os olhos com as mãos, após perceber que não havia se chocado contra o chão tirou-as do rosto e viu Drenn, estranhou.
- Quem é você? Porque me salvou? - Ela ofegava e ainda estava assustada por causa da queda.

Firmou as pernas e as costas, e preparou os braços para receber o corpo que caia veloz. Conseguiu segura-la enfim, salvando a vida de estranha, embora Dukkai tivesse saido de vista. O rosto se voltou para o dela quando ouviu a pergunta. A primeira reação foi da sobrancelha direita, se erguendo

-Preferia que eu deixasse cair ? Pode subir lá em cima e saltar denovo. Elfos...

Deixou que ela usasse as próprias pernas para carregar o peso então. Evitou olhar para cima naquele momento, para evitar que ela desconfiasse de algo. Pelo menos por algum tempo

-Faz alguma diferença quem eu seja ? Eu te salvei, ponto. Na verdade, eu que deveria perguntar quem é você. Como dizem, é o minimo de gratidão que se pode ter, uh.

Uhk, pensando bem, essas criaturas delicadas se ofendem facilmente. Talvez deva fingir ser mais "educadinho". Espere...uma elfa ? Ela pode ser minha passagem para a terra da raça dela, e com isso para meu premio. Hmmmm....

- Perguntei apenas porque sei que pessoas como você não saem fazendo coisas que não trariam lucro ou algum beneficio - Ela disse enquanto observava o orc atentamente, dos pés a cabeça.
A mulher conseguiu sustentar seu peso sozinha, porem era visível que ainda estava assustada, suas pernas tremiam, sua respiração estava acelerada, e mesmo assim a expressão em seu rosto era séria.
- Hyuna, Hyuna Mahsal, e se me dá licença acabo de recuperar o resto da minha vida, e não pretendo passa-lo o que com você, precisa de alguma coisa Senhor? –
Mahsal, esse sobrenome soou familiar aos ouvidos de drenn, como se ele já tivesse ouvido em algum outro lugar...

Off: Desculpa a demora, novamente *inutil*

Ps: Mahsal é o sobrenome de Haama, a menina que "tinha um namorico" com o Eiril, isso não foi dito por Chevallier, mas é informação importante, por isso vou modificar o post dele apenas para adiciona-la. (Nem preciso dizer mais nada, aposto que agora você já sabe quem essa mulher ai é rs)

Off:No problems girl !

-Tipico de um elfo...

Murmurrou entre os dentes. Ele a olhou de baixo a cima no mesmo instante que ela o fazia, com se tivessem combinado.

-Hu....Valakrost Mon...pode me chamar

Parecia de repente estar meio desatento, conforme suas palavras saiam em espaços separados de tempo. O sobrenome da elfa ecoava repetidamente em sua mente.

-De onde é que eu conheço esse nome...? Espere...! Os deuses resolveram olhar pra mim depois de todo esse tempo ?!

-Hyuna, você conhece um elfo negro chamado Eiril ? Tenho uma mensagem de vida ou morte para ele. Preciso encontra-lo antes que seja tarde !

A menina ouvia sem dar muita atenção as respostas do meio-orc, pra ela nao passavam de palavras aleatórias e sem sentido.
O susto parecia já ter passado, seu corpo já estava voltando ao funcionamento "normal", buscando a homeostase.
O rosto de Hyuna não havia mostrado nenhuma expressão desde que Drenn a salvara da queda, mas após o meio-orc perguntar sobre Eiril a garota, mesmo que por apenas alguns segundos, aparentou estar surpresa.
- Eiril? Existem muitos Drows chamados Eiril... De quem é a mensagem? -

Cada segundo perto da elfa o fazia odiar mais os elfos. Nunca os tinha encontrado antes, mas ela fazia questão de mostrar tudo o que ele sabia sobre a raça. Embora o rosto simulasse preocupação, por dentro Drenn sorriu ao ver o rosto dela, e ainda mais a resposta.

-Minha. Ele salvou minha vida uma vez, e agora devo retribuir a divida. A mensagem não deveria chegar a ele: ela circula entre os caçadores de cabeças. Soube por acaso, e quando percebi quem era o alvo deles, comecei a procura-lo para alertar Eiril do perigo. E o perigo é imediato, eles já podem te-lo achado a essa altura !

A elfa ouviu a resposta de Drenn com uma certa desconfiança. Hyuna não sabia muito sobre Eiril, e com os conhecimentos que tinha não via motivos para ele ser procurado a esse ponto, mas ela não podia arriscar, se fosse verdade o drow realmente estaria em perigo e provavelmente sua irmã também.
- Onde você ouviu falar disso? Eu quero checar a informação... - Ela falava titubeante.