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Meus queridos membros! É com um pesar do tamanho de uma cacholote, que tomo a decisão. Eu tenho pouco tempo.. Com "trabalho" e estudo, não da pra administrar sozinha o forum. Tenho apenas uma pessoa que se disponibiliza a ser GM.. e sabemos bem que uma pessoa só não é suficiente neh... Então, infelizmente, vou ter que fechar o forum pra reforma. E sim, adoraria a ajuda de quem puder. Acho que o povo sabe meu msn (darklittlelady@hotmail.com). Mas como provavelmente o msn vai se aposentar. Skype: Ivy-sama Facebook: https://www.facebook.com/ivone.alvarez.33 Quero lembrar a todos, que o forum não está abandonado. Em minha ausencia, já construi algumas boas coisas no meu caderninho.
Mas ainda falta um bocado para que fique realmente bom.

Peço desculpas por isto. Travar o forum era a última coisa que eu queria, mas infelizmente não tenho pessoal suficiente pra mantê-lo enquanto trabalho. E se eu ficar sobrecaregada, alguma coisa não irá funcionar.

Quem tiver interesse em me ajudar, entre em contato!
Eu to sem no momento, mas logo logo conserto ele. To só esperando as peças.

Obrigada pela compreensão.

Att,
ADM!
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Mensagem por Lilith Ter maio 01, 2012 9:20 pm

Titulo: Sarah Hatsune, A menina Loba

Genero: Drama, aventura.

Autor: Sassa (Sabrina Lima de Oliveira, euzinha akie '-')

Sinopse: "Sarah é uma Youkai loba que morava numa vila onde sofria muito preconceito por parte dos moradores por ser uma vila somente de humanos, certo dia foi chamado um assassino de aluguel para que exterminasse toda a família de Sarah quando ela ainda tinha 8 anos, para sua sorte a informação vazou e a família da menina conseguiu fugir, durante muito tempo o assassino, chamado Lughar perseguiu a família da menina que foi obrigada a virarem lobos e viverem na floresta durante muitos anos, até que não puderam mais se esconder e foram mortos, restando apenas a menina viva.

Sarah agora mais crescida decide sair da alcateia da qual faz parte atualmente e tentar viver como humana novamente, mas Lughar que era conhecido no mundo dos criminosos como O assassino perfeito, que nunca havia perdido um serviço, continuava a procura dela, mas mesmo sabendo do perigo Sarah decide tentar sua nova vida longe da alcateia."

Observaçoes: Olaaa pessoal! *-*

Vim trazer aqui para vcs uma historia que eu criei e que a partir dessa historia surgiu uma das minhas personagens favoritas que costuma usar nos foruns. \o/

Para aqueles que me conhecem, sabem que essa Fic promete! Ser um dramalhão só, mal escrito, mal arrumada, e tudo mais, xhauxhuaxhu

Falando sério agora, essa é a historia que eu mesma criei e que deu origem a minha antiga personagem Sarah, tem 10 capitulos e eu fiz o maximo possivel pra ser uma historia interessante! Então pessoal, gostaria que comentassem, mesmo que seja pra me amaldiçoar, me xingar, xingar minha família, parentes, ancestrais, etc! xhauxhau

OBS²: Olha eu inaugurando mais um tópico, adoro ser flooder! *-* xahuxahuxauh

Então sem mais enrolaçoes, aqui vai o 1° capitulo!





Capitulo 1: Sarah Hatsune, A Menina Loba.

Era madrugada no pequeno vale que da vista para a grande floresta Calina, era iluminada apenas pela luz da lua, alguns vaga-lumes voavam por ali piscando como pequenos pontos de luz no meio da densa floresta escura logo atrás. Eu estava sentada à beira do precipício balançando as pernas, como uma criancinha ansiosa sentada numa cadeira apreciando aquela linda noite, minha calda azulada assim como meus cabelos, balançava para os lados lentamente num ritmo um tanto hipnótico, estava reclinada para trás com os braços esticados um pouco atrás do corpo me apoiando neles, meu rosto pálido iluminado pelo luar mostrava os pequenos riscos nas minhas bochechas característicos da minha espécie, minhas unhas eram grandes e bem afiadas como as garras de um animal, meus cabelos azul meio arroxeados e muito compridos contrastavam com a cauda fina e longa, minhas orelhas pontudas e meus olhos coloridos revelavam quem eu era mais do que qualquer outra parte do meu corpo.

Aquela noite estava deveras linda de se observar, que acabei me perdendo em pensamentos, lembranças boas de dias passados, até que um leve farfalhar nos arbustos atrás de mim me acorda de meus devaneios. Num movimento muito rápido me pus agachada virada para os arbustos, como uma loba em posição de ataque, olhava intensamente para o local, tão intensamente que seria capaz até mesmo de atravessar as folhas com meu olhar. Novamente as folhas se mexem, minhas pupilas se estreitaram e eu me preparei para dar o bote, quando de repente um pequeno roedor sai do mato com algo em suas pequenas patinhas, meus olhos se arregalaram um pouco de surpresa então comecei a rir daquilo, fiquei de pé e fui até mais próximo dele para observá-lo, porem quando o bichinho me viu pareceu se assustar eu correu de volta para o arbusto.

- Espere... Não fuja de mim... – Foi então que senti um cheiro estranho no ar, meu olfato super aguçado captou algo muito próximo, perigo a vista! Estava tão perto que eu mal pude pensar, minha primeira reação foi a de me virar para o lado e ver o que era, porem já era tarde, um homem encapuzado cujo rosto não consegui ver devido a rapidez dos fatos me deu um forte murro no peito, que me fez voar para longe dele, parando a poucos centímetros do precipício, sentei-me com dificuldade e olhei novamente, porem me assustei mais ainda quando notei que a figura já não estava mais ali, ele já estava ao meu lado se preparando para mais um ataque.

Ele me agarrou pelo pescoço e me levantou no ar sem muitas dificuldades, aos poucos o ar fugia de meus pulmões e eu sufocava lentamente olhando para aquele ser. Sim era ele, Lughar havia me encontrado finalmente para acertar as contas, após anos de fuga ele finalmente terminaria o serviço que começara há tempos.

Lughar – Chegou a hora... De você morrer menina loba... – Disse ele com um sorriso sádico no rosto, ele parecia sentir prazer por me ver naquela situação, era um assassino frio e cruel, não tinha pena nem remorso de fazer o que fazia. Eu estava começando a me sentir mais fraca, meus olhos ficavam vermelhos e aos poucos fui perdendo a esperança de viver, sentia que logo seria meu fim.

“Não posso morrer agora, meus pais morreram para salvar minha vida, não posso deixar tudo acabar aqui” Pensei retomando o controle das minhas emoções, não podia deixá-lo me matar, não havia corrido tanto para chegar aqui e morrer daquele jeito, então resolvi tomar uma atitude, mesmo que tal acabasse por trazer mais sofrimento nesses meus últimos minutos de vida.

Sarah – Meu nome... É... Sa... Rah... – Nesse momento dei um murro com todas as minhas forças restantes no estomago do desgraçado, que me soltou e recuou alguns passos para trás, porem estávamos à beira do precipício e ao me largar propositalmente me jogou para uma queda livre no abismo.

A queda não me matou, havia um rio logo abaixo e a altura não era suficiente para me matar, mas a correnteza era forte e eu estava muito enfraquecida e com varias dores por causa do impacto com a água, mal conseguia manter minha cabeça fora da água para respirar, nesse momento a escuridão foi tomada por flashes, imagens de tudo pelo que já havia vivido até aquele momento, minha família, amigos e aventuras, eu tinha conseguido escapar das mãos de Lughar novamente, mas agora estava prestes a morrer afogada, recusei-me a aceitar que minha vida iria acabar daquele jeito e fiz força para acordar daquele pesadelo.

Sarah – Mamãe, mamãe!

Mãe – Fuja minha filha, fuja!


Pai – Nós vamos distrí-lo, corra o máximo que puder minha filha, vá agora! – Eles se transformam em lobos e avançam na direção do homem encapuzado que surgia em meio ao matagal, estava confusa, sentia muito medo, mas fiz o que meus pais haviam mandado e corri, corri até não conseguir mais, as lágrimas corriam pelo meu rosto sem controle, sabia que as chances dos meus pais sobreviverem eram pequenas contra aquele assassino, mas não tive outra escolha, eles haviam sacrificado suas vidas por mim.

Na minha corrida cheguei a um ponto inclinado fora da floresta, porem não estava prestando atenção para onde estava indo, meus pensamentos estavam completamente confusos e acabei tropeçando e rolando colina abaixo, eram poucos metros, mas fora o suficiente para me deixar inconsciente no gramado.”


Acordei bastante assustada, estava na beira de um pequeno riacho, uma porção de areia que se formara como uma minúscula praia, meus pulmões ardiam como fogo recém-aceso e todas as minhas juntas doíam, mas estava viva afinal, estava tendo um pesadelo com meu passado, já era manhã e o sol me cegava, precisava me recompor e sair logo daquele lugar antes que Lughar percebesse que ainda estava viva e voltasse para terminar o serviço. Respirei fundo algumas vezes, apalpei algumas partes para ver se não havia quebrado nada, porem com todas aquelas dores era difícil saber ao certo, tentei ficar de pé e foi quando senti uma dor excruciante no pé direito, fora tão forte que não aguentei e soltei um ganido de dor.

Sarah – Ah droga! Só me faltava essa agora! O que mais podia acontecer? – Disse para mim mesma.

Tentei ficar de pé novamente, minhas pernas ainda doloridas da queda tremiam com o esforço para me levantar. Quando consegui, fui mancando na direção que o rio seguia, não era um local conhecido para mim, os odores dali eram diferentes dos quais estava acostumada, decidi seguir o curso do rio para ver se chegava a algum lugar habitado.

Após alguns minutos andando, a dor e a fome me atormentavam, meu tornozelo ardia como nunca e eu estava com fome demais para continuar, precisava comer algo para recuperar um pouco de minhas energias, mas no meu estado atual com o pé machucado não conseguiria me transformar em loba e nem mesmo caçar na forma humana, só me restava comer frutas que encontrasse nas árvores que estavam ali perto, o problema seria como pegar tais frutas que obviamente estariam no alto das árvores.

Sarah – Vamos lá Sarah, você consegue, não é tão alta assim. – Dizia para mim mesma enquanto olhava para a árvore mais baixa que tinha por ali, deveria ter pouco mais de 3 metros de altura e seu tronco era bem largo, seus galhos irregulares, mas muito carregados de folhas e frutos apontavam para todos os lados.

Comecei então a escalada a arvore, estava difícil porem eu estava conseguindo, me agarrava aos galhos e ao tronco com todas as minhas forças, fincando as unhas na madeira para dar mais firmeza. Faltava pouco para alcançar algumas das frutas quando segurei num galho podre, que logo se partiu com meu peso me fazendo cair na metade do caminho, me estabaquei no chão gemendo e me contorcendo, a dor não era o maior dos problemas e sim a frustração, lágrimas brotaram nos olhos de raiva por conta daquela situação.

Sarah – QUE DROGA! PREFERIA TER MORRIDO NAS MÃOS DAQUELE DESGRAÇADO DO LUGHAR! – Gritei para os ventos com raiva enquanto me deitava de barriga para cima, encarando as folhas da arvore da qual acabara de desabar, soltei os braços e relaxei todos os músculos, resolvi me entregar ao cansaço, não aguentava mais, simplesmente ficaria ali deitada, talvez um pouco de descanso me fizesse esquecer da fome e da dor.
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Mensagem por Lilith Seg maio 07, 2012 9:09 am

La vai o capitulo dois. '-'

Espero que gostem e que estejam curtindo a historia. \o/

Capitulo 2: Sobrevivendo.


Após alguns minutos deitada no chão me senti um pouco menos cansada, senti um odor diferente no ar, tinha mais alguém por ali, abri os olhos assustada, o medo me tomou por completo, Lughar deveria saber que eu estava viva.

Sarah – Será que é? - Me concentrei um pouco, dei uma nova farejada e percebi que não era o cheiro de Lughar. – Ufa... Achei que fosse morrer... – Disse um pouco mais aliviada, porem nem tanto assim, ainda podia ser um caçador ou qualquer outra coisa perigosa, precisava tomar cuidado. Com dificuldade me levantei e fui na direção de onde vinha o cheiro com bastante cautela, não queria ser surpreendida por supostos inimigos em meu estado atual, seria desastroso.

O cheiro ficava cada vez mais forte, pude ver ao longe a silhueta de uma pessoa... Não eram duas! Sim duas pessoas, uma delas carregava algo que mais parecia um facão para cortar o mato – Tomara que não usem aquilo contra mim. – me escondi atrás de uns arbustos e fiquei observando-os se aproximarem, mais de perto não pareciam ser perigosos, usavam roupas diferentes da maioria dos caçadores, carregavam grandes mochilas e alguns equipamentos pendurados nas alças da mesma, com certeza eram exploradores ou algo do tipo, o que pra mim era minha salvação, já não aguentava mais ficar ali.

Levantei um pouco a cabeça acima dos arbustos para que eles pudessem me ver, como eles não pareciam ter nenhuma arma de longa distancia uma aproximação bem sutil seria a melhor coisa, enquanto andavam o homem que estava logo atrás seguindo a trilha, feita pelo cara com o facão, me viu e se espantou um pouco, apontou diretamente para mim enquanto cutucava o amigo com a outra mão para que ele visse também, assim que os dois olharam para mim, baixei a cabeça novamente, podia ouvir seus passos amassando as folhas secas e galhos que estavam pelo solo. Estavam se aproximando, conseguia ouvir os dois discutirem se era perigoso ou não se aproximar, um deles achava que eu era algum animal perigoso, já o outro afirmava com certeza que eu era humana, pra mim tanto fazia o que pensavam de mim, precisava da ajuda deles de qualquer maneira.

Podia ouvir as vozes dos dois cada vez mais perto, a ansiosidade aumentava cada vez mais, meu coração disparava dentro do peito e pensando melhor naquilo tudo, percebi que depois que eles chegassem aqui, não saberia o que fazer nem o que dizer, fechei os olhos e comecei a respirar bem fundo, precisava me acalmar caso contrario não conseguiria pensar nem agir corretamente, fiquei assim por alguns segundos mas foi o suficiente para me desligar quase completamente da floresta a minha volta, estava pensando melhor agora, mas de repente fui interrompida por uma voz logo a minha frente, abri os olhos um pouco assustada, estava sentada com a perna direita esticada para frente e a outra dobrada encostada no meu corpo, minha primeira reação foi a de retirar minha perna machucada dali do campo de ação deles, o instinto de sobrevivência falava mais alto que a razão como sempre, porem assim que senti uma dor ao mexer a perna parei o movimento e soltei um gemido abafado de dor, contrai o corpo e levei as mãos ao local e logo eles perceberam que eu estava ferida.

O primeiro deles, o que estava com o facão se aproximou de mim e se agachou a minha frente com certa preocupação no olhar, a arma já estava guardada numa bainha que ficava pendurada em sua mochila, o que me deixou um pouco mais aliviada, minha expressão era de medo e curiosidade ao mesmo tempo, enquanto o segundo homem ainda de pé olhava para mim me analisando de cabo a rabo tentando identificar o que eu era.

Continuava olhando para eles com um pouco de medo, o homem que estava agachado a minha frente falou para o companheiro com certa urgência na voz e logo o rapaz revirava sua mochila com um pouco de pressa, foi retirando vários objetos, entre eles uma garrafa com um liquido parecido com água, três pedaços de madeira de igual tamanho e um rolo de pano que presumi que fosse para enfaixar meu tornozelo, o rapaz que estava mais perto de mim disse que iria fazer uma tala, para que pudessem me levar até a cidade mais próxima.

Ele falava comigo com bastante calma apesar de parecer estar preocupado, apenas concordei com a cabeça, segurei minha cauda com um pouco força e fechei os olhos. Fora mais doloroso do que pensava, as lagrimavas brotavam dos olhos e eu me contorcia, quando ele finalmente terminou eu suspirei de alivio, apesar de ainda sentir dor, a sensação de estar a salvo me deixava mais tranquila um pouco.

Olhei para eles com gratidão, mesmo não me conhecendo e nem sabendo nada sobre mim, eles me ajudaram muito, eles também me deram algo para comer, para que eu pudesse ter forças para sair da floresta. Fomos caminhando pela mata, eu estava apoiada em um deles para poder caminhar sem me machucar mais do que já estava, isso me incomodava bastante, mas pelo menos não estava mais tão dolorido e isso era um bom sinal, sentia que logo estaria livre para andar por ai novamente.

A caminhada foi silenciosa, de vez em quando os dois trocavam algumas palavras porem eu não dizia nada e eles não me perguntavam nada também, logo chegamos ao final da floresta onde pude ver um grande campo verde e mais a frente o que parecia ser uma cidade, não estava tão longe, mas para mim seria uma caminhada no mínimo complicada.

Chegando a cidade estava exausta, a cidade era bem bonita, as ruas feitas de pedra bem alinhadas davam um ar menos rústico a cidade, as casas eram feitas de pedra e madeira pintadas de branco em sua maioria, poucas fugiam do padrão, mas mesmo assim mantendo a beleza do lugar. Fomos até uma das construções, quando entramos havia uma moça no balcão com alguns papeis nas mãos, haviam pessoas sentadas, algumas delas pareciam não estar muito bem, o homem chamou a moça e pediu que me desse um quarto e que chamasse também um medico para que cuidasse de mim, a moça assentiu e logo fez o que foi pedido e me ajudou a chegar ao quarto, era simples, mas aconchegante, tinha uma cama de madeira forrada com um lençol branco, uma mesinha com uma vela um pouco gasta e um armário de madeira de duas portas para guardar as roupas dos viajantes, além de ter também um pequeno quarto de banho. Deitei na cama e a moça disse que em algumas horas um medico chegaria para cuidar de mim,
“não posso ficar aqui muito tempo, Lughar pode esta por perto, logo ele vai me encontrar novamente”.

Assim que o médico chegou, tratei logo de perguntar quanto tempo levaria para que eu pudesse voltar a andar normalmente e ele me respondeu aquilo que eu mais temia ouvir, uma semana presa aquela cidade, tão próxima de onde Lughar havia me encontrado e ainda havia a possibilidade de ele estar por lá descansando já que era próximo da floresta, o que me deixava mais nervosa, logo minha única saída era esperar para ver, olhei para a mesinha de canto e havia uma pequena sacolinha e um bilhete.

“Esse dinheiro é para que possa se sustentar enquanto estiver incapaz de voltar pra casa, cuide-se jovem loba, esperamos que fique bem.”

Sarah - Aqueles homens... Deixaram isso para mim... – Fiquei um pouco surpresa e muito emocionada com a atitude deles, não era sempre que pessoas me tratavam tão bem, após aquilo tudo um sentimento de esperança brotava dentro de mim, a sensação de que minha historia poderia mesmo mudar se eu realmente tentasse e a partir daquele momento não questionaria, nem duvidaria mais, apenas seguiria em frente.
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Mensagem por Lilith Seg maio 14, 2012 2:57 pm

Aqui vai o capitulo 3 pessoal. o/

Capitulo 3: Encontro inesperado.

Passada a semana estava caminhado novamente, fiquei durante alguns dias naquele pequeno povoado, mas fora tempo suficiente para perceber o quanto tudo estava diferente depois que eu havia me mudado para floresta junto de meus pais, as pessoas já não me olhavam com tanta estranheza, eu era aceita também em alguns lugares que antes eu nem podia chegar perto, além de não ser a única diferente naquele lugar, de certa forma aquilo me animava um pouco mais, me dava mais motivação para continuar.

Caminhava tranquilamente pela cidade, ainda tinha um pouco do dinheiro que meus dois salvadores haviam me deixado, porem não duraria muito, precisava arrumar mais e bem rápido. - O único jeito de arrumar mais dinheiro é trabalhando! Mas o que vou fazer? – pensei comigo mesma, era hora de recomeçar minha vida como humana então nada mais justo que arrumar um serviço que me desse dinheiro para que eu pudesse sobreviver.

Fui às lojas locais, tavernas, estalagens e até nas casas pedindo por algum serviço, qualquer que fosse, mas o máximo que eu conseguia eram serviços pequenos e temporários, desde entregar encomendas até serviços estranhos como capturar animais fugitivos de senhoras desocupadas. Após alguns dias resolvi desistir de fazer apenas favores, parei numa taverna, sentei-me e comecei a contar minhas moedas, tinha apenas o suficiente para mais uma noite, após isso eu teria que arrumar um serviço ou simplesmente dormiria na rua.

Logo um homem mal humorado com uma caneca em mãos veio falar comigo, tinha cara de velho rabugento, com um bigode e barba pretos com alguns fios grisalhos, era mediano e com a barriga um pouco protuberante, ele alegava que as mesas eram reservadas aos clientes “pagantes” e que pessoas como eu deveriam ficar do lado de fora.

Sarah - Como assim pessoas como eu? Quem você pensa que é?

Badur – Sou o dono do estabelecimento minha jovem, me desculpe, mas se não vai comprar nada então saia, está ocupando uma mesa de um cliente de verdade.


Sarah – EU... Eu não tenho dinheiro senhor... Eu estou sozinha aqui nesse vilarejo, o dinheiro que tenho é só para mais uma noite na estalagem, depois disso... Vou ter que dormir na rua, caso eu não encontre um trabalho... – Falei meio que sem pensar, sabia que ele não se importava nem um pouco com isso.

Badur – Muito comovente jovem, mas infelizmente não posso lhe ajudar, imagina se eu oferecesse moradia ou comida para qualquer um que aparecesse em minha taverna... Eu estaria falido! – Ele disse a ultima frase um pouco mais alto, fazendo com que todos parassem o que estavam fazendo para nos olhar, o que me deixou mais sem jeito ainda, estava dando meia volta quando um homem chegou perto de nós, aparentemente para falar com o dono, era jovem e muito bonito, pele branca, alto e corpo atlético, tinha olhos verde água e cabelos castanho escuro bem curto. No momento em que ele apareceu parecia que tinha sido atingida por algo, fiquei parada alguns instantes observando-o estupefata.

Dylan – Olá meu bom senhor, meu nome é Dylan, um mercador viajante de passagem por este vilarejo, gostaria de lhe dizer com toda sinceridade que vossa taberna é uma melhores que frequentei enquanto viajava por este vasto continente e olhe que eu já estive todo tipo de lugar que se possa imaginar e nunca vi nada parecido! - Disse levantando as mãos e girando seu corpo mostrando todo o local, logo todos perderam o foco em mim e voltaram a seus afazeres, enquanto o dono do lugar ficava ligeiramente lisonjeado com a atitude do desconhecido.

Badur – Ora ora, eu agradeço pelos elogios, é muito bom saber que temos clientes satisfeitos! - Disse estufando um pouco a barriga que já era bastante grande para isso. – Eu estava prestes a resolver um pequeno problema. – Disse o senhor me olhando de canto de olho. – Você sabe não é? Aqui nós só aceitamos gente decente, não vagabundos e meliantes que andam por ai pedindo esmolas pelas ruas ou furtando as pessoas. – Furtando? Mas eu não furtei nada! Aquele homem estava conseguindo me irritar, foi quando o rapaz disparou a minha defesa.

Dylan – Bom senhor, creio que tenha entendido mal a senhorita, ela não quer comida de graça, nem tampouco que senhor a abrigue, ela apenas precisa de um trabalho! Creio que uma atitude nobre como a desta jovem devia ser louvada e não repreendida, enquanto ela poderia estar matando ou roubado, ela esta aqui, com humildade e sinceridade suficientes para lhe pedir este favor. – Disse ele dando um sorriso, ficou fitando o homem carrancudo o tempo todo, em momento algum olhou para mim, eu pelo contrario, observei-o do inicio ao fim, admirada com sua atitude, mais uma alma bondosa disposta a me ajudar foi que pensei naquele momento. – Um homem bom e sensato como o senhor com certeza vai perceber que será uma grande aquisição para vosso estabelecimento arranjar um trabalho para esta jovem.

Badur – Bom... Eu não tenho muita certeza, não temos mais vagas para empregados aqui no estabelecimento, além do mais, não creio que ela consiga dar conta de trabalhar numa taberna... – Disse ele olhando para os lados como se procurasse algo, com uma mão no queixo fazia cara de quem estava pensando, enquanto isso me analisava de cabo a rabo, literalmente.

Sarah – Senhor, eu sei que não parece, mas sou uma pessoa muito esforçada, darei o melhor de mim em qualquer trabalho que o senhor me der, apenas me de esta chance, por favor, eu lhe peço apenas isso. – Era agora ou nunca, caso eu não conseguisse agora, era dormir na rua.

O senhor deu um suspiro longo, olhou para os lados novamente, dessa vez mais demoradamente, então se virou para mim com uma expressão séria.

Badur – Acho que posso encaixá-la como faxineira, eu já estava prestes a substituir a nossa atual, se você esta mesmo tão disposta a trabalhar, essa é sua chance jovem. – Disse o senhor colocando a mão no queixo novamente enrolando seu bigode com a ponto do dedo.

Sarah – Muito obrigada senhor! Eu lhe agradeço muito! – Disse sorrindo, logo olhei para o lado para agradecer a Dylan por ter me ajudado, mas ele não estava mais ali, nem mesmo o dono da taberna havia visto onde ele tinha ido, fiquei procurando a minha volta e dentro da taberna, mas ele ja havia ido embora, voltei-me então para o senhor para poder me apresentar.

Sarah – Muito prazer senhor, meu nome é Sarah Hatsune!

Badur – Prazer Senhorita Sarah! Badur, seu novo chefe, você começará hoje mesmo ganhando 100 moedas de ouro por semana, limpara o salão principal, a cozinha, a fachada e também os quartos dos hóspedes lá em cima e meu escritório, caso precise de alguma ajuda pode procurar pela outra faxineira que logo você irá substituir... Ou não! Caso faça algo errado ou se meta em encrencas é rua entendeu garota? E mais uma coisa...
– Ele falou agora olhando para minhas costas, ao ver minha cauda que agora balançava mais rápido devido minha animação. – Você terá que esconder isso... Creio que meus clientes não vão aceitar tão bem você quanto eu.

Sarah – Sim senhor Badur! Farei o possível para me dar bem aqui.

Badur – Certo... Vá até a dispensa ali atrás, pegue um avental, uma vassoura e varra os locais onde não tiver ninguém sentado, em seguida pode varrer a fachada, quando terminar procure pela faxineira, ela lhe dará mais serviço.

Sarah – Sim senhor!


Assim que ele se afastou fui até a dispensa como ele tinha me pedido, coloquei o avental acinzentado, por baixo dele enrolei minha cauda na cintura para escondê-la, para minha sorte estava na hora do almoço e pude me aproveitar um pouco disso, afinal estava morrendo de fome, fui para a cozinha e lá estavam os cozinheiros alguns deles ainda trabalhando para preparar o almoço dos frequentadores da taverna, alguns dos serventes também estavam ali já com seus pratos numa mesa próxima a porta da dispensa, um dos cozinheiros entregou um prato e talheres e me disse para ser rápida, pois estava atrasada.

Após o almoço, comecei a fazer minhas tarefas, não parecia ser tão difícil, enquanto trabalhava fiquei observando o lugar, iam ali os mais variados tipos de pessoas, desde os guardas da cidade, até o mais simplório dos cidadãos, mas o que eu procurava não estava ali, não conseguia tirar a imagem de Dylan da minha mente, não só pela sua beleza, mas também pela forma como ele me ajudou, não fosse por ele eu estaria na rua ainda.

Após terminar o que Badur havia me pedido fui até o andar de cima a procura da outra faxineira, ela estava arrumando um dos quartos, era uma senhora que parecia ser tão rabugenta quanto o Sr. Badur, não fosse pelo fato dela estar quase sendo dispensada eu diria que os dois eram casados.

Perguntei a ela o que mais eu poderia fazer, mas ela não pareceu gostar muito da minha presença, talvez já estivesse ciente de que logo eu iria substituí-la. Segui o restante do dia fazendo aquilo que a senhorinha me dizia, após algumas horas comecei a sentir o cansaço, olhei pela janela já estava escurecendo, logo eu poderia ir embora descansar.

No fim do dia após ter limpado toda a taberna de cabo a rabo, lavado pratos e copos sujos, arrumado todos os quartos e a salinha do Sr. Badur, estava muito cansada, sai da taberna contente por ter conseguindo pelo menos algum progresso, porem ainda não tinha onde passar a noite teria que dormir na rua até que a semana passasse e acabei me desanimando um pouco por causa disso. Andei alguns minutos pelas ruas, apreciando a paisagem, a noite estava muito bonita, as ruas iam se esvaziando, apenas algumas poucas pessoas andavam provavelmente indo em direção as suas casas confortáveis após um dia cansativo de trabalho, andava totalmente distraída quando de repente esbarrei em uma pessoa à minha frente.

Sarah – Me desculpe, eu estava... Distraída... – A ultima palavra por pouco não saiu da minha boca, lá estava ele bem diante de mim com um sorriso no rosto.

Dylan – Ora, se não é a bela jovem a qual tive o grande prazer de conhecer na taverna! Creio que a senhorita já saiba meu nome, mas me apresentarei novamente, não quero parecer rude.

Dylan – Muito prazer, me chamo Dylan.
– Disse ele fazendo uma pequena reverencia, pegou minha e deu um beijo.

Sarah – M-Muito prazer, me chamo Sarah Hatsune...

Eu estava sem fôlego, ele era muito educado e sua beleza me deixava desconcertada, estava quase nas nuvens naquele momento, não conseguia definir que sentimento era aquele, me esqueci completamente do cansaço e de tudo o mais que estava pensando até aquele momento, só a presença dele já me deixava mais relaxada, Dylan então foi me acompanhando em minha caminhada até a estalagem onde passaria minha ultima noite com o dinheiro que me sobrara.

Dylan – Bom senhorita Sarah Hatsune, foi um grande prazer reencontrar com você novamente, sua beleza alegrou meu fim de noite.

Sarah – Eu é que devo lhe agradecer por ter me ajudado hoje mais cedo, muito obrigada, pode me chamar de Hatsu...
– Disse corando um pouco.

Dylan – Muito bem Hatsu, boa noite! E nos veremos em breve... Eu espero. – Disse ele beijando novamente minha mão e logo depois voltando para mim com um sorriso, em seguida virou-se e tomou seu próprio rumo, fiquei parada lá durante alguns segundos observando-o se afastar e imaginando quando nos encontraríamos de novo, era muito estranho, nunca havia sentido nada parecido antes, aquele homem havia despertado algo em mim que eu não podia explicar. Após ele ter sumido na escuridão da noite finalmente entrei na estalagem e segui para o meu quarto para dormir, amanha seria mais um longo dia e eu precisava estar disposta para tal.
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Mensagem por Lilith Ter maio 22, 2012 12:37 pm

Desculpa a demora pessoal, eu ando meio ocupada e ai acabo deixando sempre pra segundo plano. Y.Y

Sem mais enrolaçoes, la vai capitulo 4. o/

OBS: Esqueci de mudar o nome do capitulo (ctrl+c ctrl+v fail u.u) huxauhahu




Capitulo 4: Sonhos.

No dia seguinte acordei de manha bem cedo, estava animada pelo progresso que havia tido no dia anterior, estava com um pouco de sono ainda, mas minha animação falou mais alto e eu saltei da cama para me vestir e ir para meu novo trabalho.

Era mais uma manha comum como outra qualquer, aquele dia estava um pouco mais nebuloso e também um pouco mais frio, meu instinto de loba me dizia que logo o tempo iria mudar, chegando na taverna fui direto fazer minhas tarefas, não queria dar motivos ao senhor Badur para que reclamasse de mim.

Enquanto limpava o andar de cima pude ouvir o que parecia ser uma discussão na taverna lá em baixo, porem de inicio apenas ignorei o fato, mas logo os barulhos foram se intensificando, até que eu decidi descer para ver, foi quando me deparei com dois homens brigando em pleno centro da taverna, duas das mesas estavam viradas e havia bebida espalhada pelo chão além de cacos de vidro, os dois se agarravam naquilo que eu entendi ser uma tentativa de derrubar um ao outro no chão, estavam visivelmente bêbados, o que me preocupava mais era a bagunça que eles deixariam ali para mim limpar após terem terminado de se matar.

Sarah – Ai caramba, que eu faço agora? Eles vão quebrar tudo!

Logo senhor Badur e alguns dos homens que estavam ali na taverna pegaram os dois sujeitos e os jogaram para fora mesmo eles tentando resistir, em seguida Badur esbravejou da porta do estabelecimento uma torrente de xingamentos para os dois que saíram correndo cambaleando dali, ele então voltou para dentro, olhou para mim e nessa hora fiquei um pouco assustada.

Badur – Vamos menina, o que esta esperando para começar a arrumar isso?

Sarah – Si-Sim senhor!
– E rapidamente comecei a juntar os vidros quebrados, quando fui desvirar uma das mesas que havia sido derrubada, outra pessoa o fez, era Dylan novamente, naquele instante parei tudo que estava fazendo para dar atenção a ele.

Dylan – Ora ora, se não é a jovem Hatsu.

Sarah – Eh, oi Dylan...
– Disse meio sem graça.

Dylan – É um prazer revê-la, mesmo que em circunstâncias não muito... Apropriadas. – Ele disse dando um lindo sorriso, e logo me lembrei do que estava fazendo e voltei a minha tarefa ao mesmo tempo em que tentava manter contato visual com o rapaz.

Sarah – Ah! Nossa quase me esqueci disso, foram dois bêbados que causaram essa confusão, heh.

Dylan – Hehe, não se preocupe, acontece, esses loucos não conhecem os próprios limites e depois acabam dando trabalho.


Fiquei perdida no olhar dele durante alguns segundos até que a senhorinha que me ajudava a limpar a taverna nos interrompeu, disparou a falar quando finalmente viu o que havia acontecido e logo voltei a limpar.

Dylan – Pelo visto estou lhe atrapalhando, afinal, agora é uma jovem trabalhadora. – Disse ele com um novo sorriso encantador no rosto. – Façamos assim, encontre-me na praça após seu turno, assim poderemos conversar com mais tranquilidade. – Ele então tomou minha mão e beijou assim como fizera ontem, me deixando completamente sem fala, não pude responder naquele momento. – Te vejo em breve Hatsu! – Ele se virou e logo saiu do estabelecimento, fiquei ali parada olhando ele sair, até que a senhorinha chegou ao meu lado reclamando torrentes de xingamentos, que eu certamente não dei a mínima importância.

Após o incidente com os bêbados o dia foi tranquilo, fiz minhas tarefas diárias, achei até mais fáceis do que ontem, isso era sinal que estava começando a pegar o jeito da coisa, quando estava passando pelo corredor para ir até a dispensa para me trocar, o senhor Badur saiu da sala dele e me chamou.

Sarah – Pois não senhor?

Badur – Aqui esta um adiantamento para você, lembro que havia me dito que não tinha mais dinheiro, isso deve bastar por um tempo. – Ele disse bem sério me entregando uma sacolinha com algumas moedas.

Sarah – Muito obrigada senhor Badur! – Como sempre não conseguindo conter a animação.

Badur – Humpf! Pode ir agora jovem, está dispensada por hoje... – Disse meio rabugento e voltou para sala dele.

Logo fui embora de lá saltitando de felicidade, agora tinha dinheiro para poder continuar na estalagem, não dormiria na rua aquela noite afinal, então na animação me lembrei do convite de Dylan, na hora parei e comecei a correr para a praça para encontra-lo, quando cheguei a praça haviam ainda algumas pessoas passeando por lá, mas o céu estava bastante nublado e parecia que logo logo iria chover muito, dei algumas olhadas em volta até avistar Dylan encostado numa árvore ali por perto, me aproximei dele um pouco nervosa.

Sarah – O-Oi Dylan...

Dylan – Hatsu! Que bom vê-la esta noite, estava pensado em você neste exato momento, me perguntei se você viria mesmo até aqui.

Sarah – Que isso, claro que eu viria, não podia deixar... De vir.

Dylan – Você é uma jovem bem curiosa, tenho que admitir, e bem diferente também.
– Ele disse agora olhado para minha cauda que balançava atrás de mim de um lado a outro devido a minha animação.

Sarah – Pois é, eu sou diferente dos demais, sou uma Youkai, descendente de lobos, meus antigos amigos me chamavam de menina loba... – E também meu maior inimigo, completei em pensamento.

Dylan – Entendo, então você não é daqui certo? Nunca vi ninguém como você por aqui antes. – Ele disse estreitando os olhos um pouco como se estivesse pensando.

Sarah – Não, não, eu vim da floresta, eu morava lá junto a uma alcatéia de lobos, mas... Aconteceram umas coisas... E eu acabei saindo da floresta e virei humana novamente para tentar uma vida normal por aqui.

Dylan – Veio para o lugar certo então! Já tem um trabalho e aqui é um ótimo lugar para se morar, posso dizer isso, pois sou morador daqui!

Sarah – Mas não disse ontem ao senhor Badur que era um viajante?

Dylan – Aquele velho rabugento nunca me levaria a sério se dissesse que era um simples morador, não concorda minha bela Hatsu?
– Ele agora falava e esboçava seu sorriso encantador novamente para mim, me deixando sem fôlego.

Sarah – Hehe, acho que sim e eu agradeço muito pela ajuda que me deu ontem, não fosse por você eu teria que dormir na rua hoje, talvez eu até desistisse de tentar uma nova vida e voltasse para floresta. – Quando disse aquilo, ele pareceu se surpreender um pouco, e logo respondeu.

Dylan – Não faça isso Hatsu! Nunca! Jamais desista dos seus sonhos, você é uma jovem bonita e simpática, tem um futuro inteiro pela frente, não jogue tudo fora por causa de simples obstáculos em seu caminho.

Sarah – É verdade, obrigada pelo incentivo, continuarei lutando pelos meus sonhos sim, não vou desistir tão facilmente!

Dylan – É assim que se fala, logo você terá muito dinheiro e ai terá tudo que quer!

Sarah – Hehe, para mim dinheiro não faz muita diferença.
– Meu olhar agora se perdeu, estava no mundo da lua perdida em meus pensamentos. – Tudo que quero é ter uma vida normal como humana, sem preocupações, ter uma família... E também... Alguém ao meu lado que... Que cuide de mim... – Ao dizer aquilo corei um pouco e baixei a cabeça, mas fiquei olhando para ele de cantinho para ver sua reação. Era um tanto estranho, ele parecia ter ficado um pouco desanimado com aquilo, estava meio cabisbaixo e seu sorriso sumira.

Sarah – Aconteceu alguma coisa? Eu disse algo errado? – Dylan então me olhou meio assustado, como se tivesse sido tirado de surpresa de seus pensamentos.

Dylan – Nao é nada Hatsu, apenas pensando, em como poderia... – Nesse momento ele pausou sua fala e ficou me encarando, por alguns segundos pareceu hesitar em terminar aquela frase, como se estivesse com medo ou coisa parecida. – Te ajudar a realizar seus sonhos...

Nesse momento um clarão surgiu no céu e o som de um relâmpago soou bem forte, era o sinal que a chuva iria cair logo.

Dylan – Você precisa ir agora Sarah, não quero que fique doente, nos veremos outro dia minha cara. – Dessa vez ele saiu sem fazer nenhuma despedida formal, como havia feito das ultimas vezes, mas assumi que era apenas a pressa para que não ficássemos na chuva, corri para chegar logo a estalagem antes que começasse a chover. No caminho percebi que a rua estava quase completamente deserta, não fosse por uma garota e um cara estranhos ali num canto escuro da calçada, foi então que a garota gritou para que o cara a soltasse, parecia que estava acontecendo algo de errado ali, olhei e vi que era uma jovem, seus cabelos eram pretos com as pontas vermelhas e usava roupas diferentes, um casaco com um capuz e uma bermuda curta com meias bem grandes até as coxas, o outro homem que a segurava pelos dois pulsos, era um homem alto, de cabelos escuros e usava uma capa preta, não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas senti que não podia deixar aquela jovem sozinha com aquele cara. Quando me aproximei o homem pareceu me notar mesmo estando de costas, este então se virou para mim e disse.

– Fique fora disso criança, não é da sua conta, vai acabar se machucando! – Quando ele disse aquilo, fiquei com mais raiva ainda do homem, seus olhos eram vermelhos e sua aparência bem diferente do normal, mas não me intimidei, logo mostrei minhas garras e me coloquei em posição de ataque, como uma loba pronta para retalhar sua presa, não tinha a menor idéia do que estava fazendo, mas agora já estava feito, não podia mais voltar atrás, o homem soltou a garota e então virou-se para mim, foi tempo suficiente para que a menina tirasse seu cetro de sabe-se lá onde e conjurasse uma parede de pedra na frente do cara estranho, ele ficou meio atordoado com aquilo, quando viu que estava em desvantagem simplesmente correu para um beco e sumiu na escuridão, na hora senti um alivio imenso.

Sarah – Você está bem?

Creepie – Estou sim, obrigada por me ajudar... Menina com cauda e orelhas de cachorro!
– Ela disse num tom meio irônico, agora reparando em minhas orelhinhas e a cauda que balançava de um lado a outro. – Você é uma Youkai certo? A propósito, me chamo Creepie e sendo sincera, achei suas orelhinhas muito fofas.

Sarah – Ahhh! Muito obrigada! Prazer Creepie, meu nome é Sarah Hatsune, mas pode me chamar de Hatsu!
– Nesse meio tempo um novo som de trovão e um claro, mas dessa vez não deu tempo de correr, a chuva começara a cair sobre nós duas.

Creepie – Ótimo! Vou ficar toda molhada agora!

Sarah – Venha comigo, você pode ficar na estalagem junto comigo se quiser, não me incomodo de dividir meu quarto com você se for preciso.

Creepie – Obrigada Hatsu.


Ao chegarmos à entrada o recepcionista nos olhou com uma cara estranha, parecia não ter gostado da nossa chegada ali, ficou nos encarando até que fui ao balcão pedir uma chave de um quarto para nós, foi ai que mais uma confusão começou, aquela noite parecia ter sido feita para dar errado, o homem simplesmente se recusou a aceitar Creepie.

Creepie – Mas eu tenho dinheiro! Como assim você se recusa a aceitar meu dinheiro? Esta chovendo uma torrente lá fora, não posso ir para rua!

Recep. – Não aceitamos gente da sua laia por aqui...
– Ele então olhou para de mim rabo de olho com desdém. – Já bastam outros tipos que frequentam aqui, não queremos gente como você na nossa estalagem, pode assustar os nossos hospedes.

Sarah - Como assim outros tipos? Estava se referindo a mim? – Fiquei indignada não só com a indireta que acabara de levar, mas também com a forma que ele estava tratando Creepie.

Recep. – Foi apenas um mal entendi... – Antes que ele conseguisse terminar, disparei a falar agora mais irritada e quase gritando.

Sarah – Não foi um mal entendido! Isto é injusto, a moça apenas quer um quarto para passar essa noite, não pode manda-la embora daqui nessa chuva, que mal há nisso?

Percebi que o rapaz começava a ficar sem jeito, olhou para nós duas e então com muito esforço pegou uma das chaves dos quartos e nos entregou.

Sarah – Obrigada... – Disse seca, imediatamente me virei e fui para a escada, Creepie veio logo atrás de mim ignorando o homem, não estava afim de mais confusão.

Creepie – Muito obrigada pela ajuda, teria problemas se não fosse por você Hatsu, sinto que podemos ser boas amigas... Se você me aceitar é claro... – Ela falava num tom sério e ali sozinhas, pude notar uma coisa muito estranha, como uma presença diferente, algo que não conseguia explicar, ignorei achando que fosse coisas da minha imaginação.

Sarah – Não há de que! Seria ótimo, adoraria ser sua amiga Creepie! – Disse inclinando um pouco a cabeça para lado e dando um sorriso meigo, minha cauda agora balançava mais rapidamente devido a animação.

Creepie – Bom, acho melhor subirmos logo. – Não demorou e ela logo passou a minha frente e foi para o quarto.

Assim que subimos para nosso quarto, fui tomar um banho para poder ir dormir enquanto Creepie arrumava as coisas dela, apesar da sensação estranha que sentia perto dela e o fato dela ser uma pessoa um pouco fria às vezes, Creepie era uma pessoa legal, seria bom ter a companhia de alguém. Enquanto tomava banho, fiquei pensando sobre o que havia acontecido hoje na praça, apesar de não ter sido como eu esperava, foi ótimo ter reencontrado Dylan, assim que terminei fui me deitar e descansar para mais um dia.
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Mensagem por Lilith Sex maio 25, 2012 12:13 pm

Olaaaa pessoal! o7

Capitulo 5 chegando, espero que curtam, agora esta na metade da aventura. rsrs




Capitulo 5: Melhores amigas.

A semana passou chuvosa, assim como naquela noite em que me encontrei com Dylan e Creepie, o mais estranho de tudo era que após aquele encontro não vi Dylan em lugar algum, nem na praça, nem na taverna nem em outro lugar da cidade, fiquei um pouco preocupada, achei que algo tivesse acontecido a ele, mas tentei não pensar muito nisso. Estava bastante animada também, pois tinha agora uma nova amiga com quem podia conversar, apesar de ser uma companhia um pouco diferente, Creepie era uma pessoa bem legal.

Sarah – Bom dia Creepie!

Creepie – Bom dia Hatsu!

Sarah – Posso te perguntar uma coisa Creepie?

Creepie – Claro, pergunte.

Sarah – Porque algumas pessoas têm medo de você?


Antes de responder Creepie deu um longe suspiro, sentou-se na cama e olhou para o chão pensativa com sua expressão séria de sempre.

Creepie – É por causa dessa aura maldita, infelizmente sou um ser amaldiçoado, tenho que carregar este fardo por onde eu andar por toda minha “vida”, se é que posso chamar isso de vida.

Sarah – Não entendi, como assim aura maldita e sua vida ser tão ruim assim?

Creepie – Esse é o problema Sarah, eu não tenho vida, sou uma Lich, não tenho alma...
– Ela disse aquilo com certa naturalidade, como se fosse algo comum, talvez até fosse para ela, mas para mim era bastante estranho. Ela estava morta então? Uma morta viva?

Sarah – Quer dizer que... Você... Esta morta? – Disse bastante surpresa. – Mas como? Por quê?

Creepie – Meu passado é obscuro... Não é algo que possa ser compartilhado, o que importa é que não sou uma má pessoa, carrego essa aura maligna devido aos meus erros e escolhas passadas.
– Ela disse aquilo, mas ainda mantendo sua expressão séria, estava de cabeça baixa e não olhava diretamente para mim.

Sarah – Eu acredito em você Creepie! Mesmo tendo te conhecido a poucos dias, mesmo que eu sinta essa aura má que emana de você, não vejo em você uma pessoa malvada... – Disse um pouco sem graça, também com um pouco de medo da resposta.

Creepie – Obrigada Hatsu, você é um amor de pessoa, além de ser muito fofa.

Sarah – De nada Creepie!


De repente, interrompendo nossa conversa, alguém bate a porta do nosso quarto, levantei e fui atender, quando tive a imensa surpresa, era Dylan.

Sarah – Dylan! Que bom vê-lo, fiquei preocupada, achei que algo tivesse acontecido, você ficou sumido por um tempo. – Ele coçou atrás da cabeça e deu um sorrisinho sem graça, então sua expressão voltou a ficar séria, como naquela noite na praça, parecia um pouco desanimado.

Dylan – Me desculpe Hatsu... Eu estava cuidando de alguns... Assuntos pessoais. – Ele então inclinou um pouco a cabeça para olhar por cima do meu ombro, quando me virei vi que Creepie estava ali de pé atrás de mim observando a cena, ela levantou o braço e fez um leve aceno com os dedos.

Sarah – Ah sim! Dylan, essa é minha nova amiga Creepie! Creepie esse é... Meu amigo Dylan!

Dylan então fez uma pequena reverencia, mas não disse nada, voltou-se para mim novamente com a mesma expressão séria de antes.

Dylan – Tenho que ir Hatsu! Vim apenas ver se estava bem, pelo visto está indo bem, já fez até uma amiga, logo seu sonho... Se tornará realidade. – Nesse momento ele pareceu ficar mais desanimado que antes, baixou um pouco a cabeça, como se estivesse com vergonha de me olhar nos olhos.

Sarah – Aconteceu alguma coisa Dylan? Tem algo incomodando você? Não precisa ficar com medo de me contar, quero ajudar você assim como você me ajudou. – Nesse momento ele pareceu ficar mais envergonhado ainda, era um tanto estranho aquela atitude, mas presumi que isso tivesse a ver com a presença de Creepie ali.

Dylan – Não é nada... Tenho que ir, adeus Hatsu, nos vemos em breve... – E após isso saiu dali andando com um pouco a mais de pressa que das outras vezes, era realmente muito estranha a atitude dele, mas logo meus pensamentos foram interrompidos por Creepie atrás de mim.

Creepie – Seu amigo neh? Pelo jeito como se falavam parecia que ele era bem mais que um amigo. – Ela escondeu um risinho.

Sarah – Ah Creepie! Deixe de ser boba, não foi nada demais, ele estava sumido fazia alguns dias, deve ter ficado preocupado comigo assim como eu também fiquei, não vejo nada demais nisso.

Creepie – Ta, vou fingir que acredito, vai la antes que você se atrase pro seu trabalho, vou ver se acho algo para fazer nessa cidade.

Sarah – Ok, até mais tarde!


Sai e fui para meu trabalho, fora mais um dia monótono de trabalho como outro qualquer, a única novidade é que a senhorinha parecia que finalmente tinha pedido as contas, ou fora mandada embora, não a vi o dia todo e para mim não fazia mais diferença, estava trabalhando meio desanimada aquela tarde, estava preocupada com aquela estranha reação de Dylan mais cedo, algo ruim estava acontecendo e eu podia sentir isso. Terminei meu serviço e sai da taverna já anoitecendo, quando sai Dylan estava encostado num poste ali perto, ele então veio falar comigo, sua expressão era séria, mas parecia um pouco melhor que hoje cedo.

Dylan – Olá minha jovem e bela Hatsu! – Ele fez uma pequena reverência e logo um sorriso apareceu em seu rosto, o que fez eu ganhar meu dia completamente, espantando todas as suspeitas de hoje cedo.

Sarah – Olá Dylan... Que bom que você esta... – Ele então colocou o dedo indicador sobre meus lábios e na hora parei o que estava falando e me arrepiei, era uma sensação completamente nova para mim, mas Creepie havia me falado isso mais cedo e agora parecia fazer todo sentido, eu estava apaixonada por ele, não tinha mais duvidas disso.

Dylan – Não quero estragar esse momento com coisas passadas, o que passou, passou, vamos nos concentrar apenas no agora... – Fez-se uma pausa dramática, então nossos rostos foram se aproximando, era agora, o momento mais intenso e maravilhoso da minha vida, nossos lábios se encontraram e então fechei os olhos, seus lábios eram quentes e sua língua passava pela minha boca me fazendo perder completamente o fôlego, o beijo durou apenas alguns segundos, mas foram os melhores segundos de toda minha vida, fiquei alguns instantes tentando recuperar o ar, meu coração estava disparado.

Dylan – Hatsu, você é a menina loba, mais linda e carinhosa que já conheci... Quero que saiba que vou estar sempre com você... Sempre... – E após essa fala dele, nos beijamos novamente, dessa vez mais demorado e com mais paixão.

Após aquilo fomos caminhando pela praça conversando sobre varias coisas, principalmente sobre mim e minha origem, ele se mostrava bastante curioso em saber tudo sobre mim e eu como sempre nas nuvens contei tudo a ele sem objeção. Ele me acompanhou até a porta da estalagem para se despedir de mim.

Dylan – Boa noite minha linda Hatsu, vejo você em breve, irei ficar alguns dias fora para resolver uns negócios inacabados, mas voltarei o mais breve possível, prometo para você.

Sarah – Esta bem, cuide-se então, vou pensar em você o tempo todo...
– Disse ficando bastante corada, ele retribuiu com um sorriso e um selinho nos lábios, depois foi andando calmamente como da primeira vez que o vi. Me virei e fui andando em direção a escada, estava completamente fora do ar, tanto que quando abri a porta e vi Creepie de braços cruzados bem a minha frente, tomei um belo susto.

Creepie – Você, senhorita Hatsu, é uma “grande amiga”, porque não me contou que estava apaixonada pelo garoto misterioso?

Sarah – Nossa Creepie, você me assustou! Eu ainda não tinha certeza, pelo menos não até agora, nos declaramos um para o outro hoje na praça... Foi lindo...

Creepie – E bem meloso também! Eu estava na praça fazendo umas compras quando vi vocês dois agarrados se beijando num canto, devo dizer que fiquei um pouco chocada com a cena, mas não sua mãe nem nada parecido, então não posso me intrometer nesse assunto, mas você podia pelo menos ter me falado que estava apaixonada pelo garoto viajante!

Sarah – Desculpe, mas eu fiquei com medo que você dissesse algo e ele não é viajante, ele mora aqui...

Creepie – Não, não mora! Eu perguntei a um dos vendedores locais, ele me disse que esse cara é um viajante, ele passa por aqui quase sempre, mas ele não é morador, ele faz serviços em varias cidades, serviços... Diversos.
– Ela falou aquilo com certa preocupação no olhar, parecia estar preocupada com meu bem estar, mas não via motivos para isso, estava completamente cega de amor por Dylan.

Sarah – Ele não mentiria para mim! Com certeza foi engano daquele vendedor, vai por mim Creepie, não precisa se preocupar comigo, já sou bem grandinha, posso cuidar de mim.

Creepie – Tudo bem Hatsu, só estava fazendo meu papel de amiga te contando isso.

Sarah – Obrigada Creepie, você é uma ótima amiga e eu adoro você, mas não precisa se preocupar comigo ok? Vai dar tudo certo, pode ficar tranquila.


Nos encaramos por alguns instantes e então nos abraçamos, era bom saber que tinha alguém que se preocupava comigo, a única coisa tensa naquele momento foi quando nos abraçamos, era a primeira vez que entrava em contato direto com a pele de Creepie e agora tinha a certeza absoluta de que ela estava mesmo morta, sua pele estava completamente gelada, nesse momento me afastei e cruzei os braços para espantar aquele frio súbito que me veio.

Sarah – Nossa menina! Mas como você é gelada!

Creepie – Desculpe, me deixei levar pelo momento.

Sarah – Não precisa se desculpar boba, você é minha melhor amiga, não importa o que aconteça, seremos amigas pra sempre entendeu?

Creepie – Certo Hatsu.
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Mensagem por Lilith Dom Jun 03, 2012 3:05 pm

Olaa pessoal! \o/

Desculpem o atraso, estive meio ocupada esses dias, mas finalmente pude postar o capitulo 6. o7

Boa leitura galerinha. rs




Capitulo 6: Vamos a feira!

Minha nova vida estava sendo bem melhor do que eu esperava, havia feito uma nova amiga e encontrado alguém que eu amava, tinha um trabalho e um lugar pra ficar. Após mais ou menos um mês vivendo como humana, estava gostando tanto que até mesmo havia me esquecido dos meus medos, Lughar agora era só uma lembrança bem distante.

Era uma manhã ensolarada e eu estava dispensada do trabalho aquele dia, então eu e Creepie resolvemos ir a um vilarejo na proximidade onde soubemos que nessa época do ano eles sempre faziam uma grande festa. Pegamos uma carona num grupo de viajantes e fomos até lá para aproveitar um pouco da festa. Dylan ainda não tinha voltado de sua viagem fazia três dias, mas dessa vez não estava preocupada, ele parecia estar bem melhor aquela noite quando nos encontramos, e como ele havia avisado que ficaria fora e que voltaria logo, simplesmente confiei nele.

Ao chegarmos ao vilarejo era um lugar realmente lindo, a vila era bem simples, porem muito linda e estava completamente enfeitada, era pequena e suas ruas um pouco estreitas, o que dava a impressão de que havia muito mais gente do que parecia, ou talvez houvesse mesmo, estava lotado de gente andando para lá e para cá, fomos até a feira para ver se encontrávamos algumas coisas legais, lá estava tão cheio quanto na rua principal de entrada, mal dava para andar sem esbarrar em alguém, o bom é que ali dificilmente seriamos notadas pela nossa aparência diferenciada.

No meio de toda aquela gente, a animação e a distração com tantas coisas acabaram nos separado sem que a gente percebesse, quando me dei conta já não conseguia mais ver Creepie por perto. Fui andando levando as coisas que havia comprado numa bolsa, não sabia nem por onde começar a procurar Creepie, era uma multidão de gente e eu não fazia ideia nem de onde eu estava, foi quando uma mão fria me segurou pelo ombro, olhei para trás e lá estava ela.

Creepie – Sarah, preciso falar com você, mas antes disso... Onde você estava? Estava perdida é?

Sarah – Só um pouquinho... – Disse ficando meio envergonhada. – Mas diga, o que você queria falar comigo?

Creepie – Eu estava andando pelas ruas secundarias para ver se encontrava alguma loja de artefatos mágicos e por um acaso vi seu amor conversando com um cara ali num dos becos, era um cara bem estranho até, não parecia ser boa coisa.

Sarah – Deve ser só impressão sua, será que o negocio importante que Dylan tinha para fazer era aqui nesse vilarejo?
– Fiz cara de pensativa, mas na verdade estava fora de orbita.

Creepie – Vem, eu te levo lá cadelinha abandonada.

Creepie não esperou minha resposta e foi me puxando pelo braço, fui pega de surpresa e quase cai no chão, fui caminhando aos tropeços sendo puxada por ela, tentando faze-la parar de me puxar, estávamos quase saindo da praça e também do meio da multidão, fomos caminhando pelas ruas secundarias, essas bem mais vazias que a praça ou a rua principal, haviam algumas lojas e também tavernas ali com algumas pessoas.

Sarah – Creepie pra onde você está... – Antes de terminar a frase vi algo assustador, algo que fez congelar completamente na calçada de medo, Lughar, estava bem ali na taverna bem a minha frente, para minha sorte ele não havia me visto, nesse momento eu puxei meu braço e sai da reta de visão dele, meu coração batia tão forte quanto nunca e eu mal conseguia respirar, Creepie ficou muito preocupada com minha reação, apesar de eu ter contado a ela essa parte sombria do meu passado quando nos conhecemos, ela não sabia quem era Lughar pessoalmente e por isso não o percebeu ali.

Creepie – Sarah o que foi? O que aconteceu com você, parece que viu um fantasma.

Ainda estava extremamente assustada, nessas semanas que estava vivendo na cidade eu havia me esquecido completamente dos perigos a minha volta, Lughar estava na floresta aqui perto quando tentou me matar, mas achei que depois de mais de um mês ele já teria pensado que eu estava morta, respirei fundo e tentei falar com Creepie.

Sarah – É ele... Lughar... Ele esta aqui...

Creepie – Onde?
– O tom de Creepie era agora um misto de preocupação e desespero, Creepie mais do que qualquer um sabia o que aconteceria se Lughar soubesse que eu estava viva.

Sarah – Ali... Naquela taverna ali... – Creepie ficou olhando para lá por alguns instantes, sua expressão era séria e pensativa, não fazia ideia do que ela podia estar pensando.

Creepie – Eu vou lá! Vou ver se consigo alguma informação!

Sarah – Enlouqueceu?! Não pode fazer isso! Por favor Creepie não vá, por favor, vamos embora daqui, vamos por favor!
– Disse já entrando em pânico total.

Creepie – Sarah, minha querida, fique calma, ele nem sabe quem eu sou! Eu vou sentar próxima dele e ver se ele sabe de alguma coisa ou se esta aqui apenas de passagem, se estiver é só você ficar escondida por uns dias e esperar ele ir embora.

Sarah – Não to gostando disso, você ali... Com aquele assassino...

Creepie – Ele não teria coragem de me matar sem nenhum motivo aparente ali no meio da taverna cheia de gente! Afinal isso estragaria a imagem dele de comerciante e eu tenho como me defender, sou uma feiticeira lembra?


Estava muito preocupada, não só por saber que Lughar estava bem ali, tão próximo de mim, mas também por Creepie, que estava se arriscando por mim, por mais que o argumento dela fosse valido, eu ainda tinha medo de algo acontecer com ela, não podia deixar de me preocupar.

Creepie entrou na taverna normalmente e se sentou duas cadeiras de distancia de Lughar que estava bebendo e conversando com alguém, falava bem baixo, mas ainda assim ela conseguia ouvir, Creepie pediu uma bebida qualquer apenas para disfarçar, e ficou prestando atenção na conversa dos dois, fiquei do lado de fora apenas observando enquanto ela estava lá, após alguns minutos sua expressão mudou um pouco e isso só me deixou mais assustada, seja lá o que for que ela estivesse ouvindo, não era boa coisa.

Num dado momento da conversa Creepie pareceu se assustar, logo levantou da mesa e saiu deixando dinheiro em cima da mesa, fiquei apavorada, a coisa estava ficando mais séria, não sabia o que era que ela tinha escutado lá, mas com certeza não era boa coisa. Ela saiu apressada para falar comigo que estava escondida num canto por ali, o olhar de Creepie era de pura preocupação, nunca tinha visto ela assim nesse tempo em que estivemos juntas.

Creepie – Sarah! Você precisa ir embora da cidade o mais rápido possível! Ele sabe que você está lá, aquele garoto por quem você se apaixonou é informante dele!

Sarah – M-Mas como assim? Creepie do que você esta falando?

Creepie – Aquele tal Dylan, é informante dele, eu ouvi o assassino falando com outro homem, ele esta apenas fingindo te amar para poder te manter na cidade até amanha a noite, eles dois irão lá te matar!


Minha mente estava completamente confusa com tudo aquilo, meus pensamentos estavam a mil por hora e eu nao conseguia raciocinar com clareza, não podia ser verdade, não era possível que Dylan estava me enganando desde o inicio, eu me recusei a acreditar naquilo.

Sarah – Creepie, você tem certeza que era do Dylan que ele estava falando? Podia ser qualquer um...

Creepie – Era ele Sarah! Acredite em mim, aquele cara não presta, você precisa ir embora ainda hoje, eles vão lá amanha buscar você!


Eu não sabia o que fazer, em que acreditar, uma parte de mim queria acreditar no que Creepie dizia, mas outra parte queria acreditar em Dylan, que ele realmente me amava e que aquilo não passava de um grande engano, mas como? Como saber quem estava falando a verdade?

Sarah – Eu vou falar com ele... Não posso deixar isso assim... – Deixei meu coração falar mais alto, não estava raciocinando direito, minha cabeça doía, de tanto que fazia esforço para poder pensar corretamente e sem sucesso, no fim das contas acabei desistindo, a situação ficava mais confusa cada segundo.

Creepie – Sarah! Você é louca? ELES VAO TE MATAR! A GENTE PRECISA SAIR DAQUI AGORA! – Creepie me pegou pelo braço novamente e começou a me puxar, mas eu me soltei e fiquei parada ali na calçada olhando para o chão ainda tentado pensar numa desculpa para aquilo tudo.

Sarah – Eu preciso falar com ele, preciso confirmar!

Creepie – Você não confia em mim Sarah? Depois de todo esse tempo juntas você prefere confiar naquele desconhecido, que quase sempre te deixa sozinha?

Sarah – Não é isso Creepie, é diferente, eu só quero... Eu preciso ter certeza... Você não entenderia...
– Como explicar a ela que não poderia simplesmente deixar tudo pra trás e fugir? Por mais que aquilo fosse verdade, Dylan podia não estar fazendo aquilo de proposito, podia ser apenas um engano, ou talvez estivesse sendo obrigado a faze-lo, mas na verdade, o que eu não queria era ter que deixar a única pessoa que realmente gostou de mim como eu era, eu precisava ter certeza que tudo aquilo que ocorreu entre nós fora simplesmente falso.

Creepie – Certo! Se é isso que você quer, então vá em frente, mas não diga que eu não avisei... Vamos pra cidade... Preciso arrumar minhas coisas...

Sarah – Arrumar suas coisas? Você vai embora? Por favor, não vá Creepie, não me abandone agora, por favor...

Creepie – Desculpe Sarah, mas não vai dar, eu estou tentando te ajudar e você simplesmente... Vou ficar na cidade apenas até amanhã de manhã, espero realmente que você vá embora, não quero receber a notícia que você foi assassinada.

Sarah – Não Creepie, não faz isso, por favor...
– As lagrimas escorriam pelos meus olhos agora, era muito triste perder aquela que foi minha única amiga durante todos esses dias.

Creepie – Adeus Sarah... Foi muito bom conhecer você... Mas preciso seguir meu caminho agora... – Creepie estava visivelmente abalada por aquilo, mas tentava não demonstrar e eu sabia por que ela estava fazendo aquilo, se ela estivesse mesmo certa, eu estaria em perigo extremo, para ela seria terrível saber que morri mesmo após ela ter tentado me ajudar, eu estava sendo egoísta, eu sabia disso, mas não podia deixar de confirmar aquilo, aquela era minha única chance de ser feliz de novo, não podia simplesmente deixar tudo escapar por causa daquele assassino.

Creepie foi andando em direção a praça novamente enquanto eu ficava ali parada observando, não tive coragem de chama-la de volta, pois sabia que não adiantaria, fiquei ali durante alguns instantes até que Creepie sumiu numa esquina, fui andando na direção oposta, não tinha um rumo certo, apenas queria ficar sozinha um pouco, parecia que tudo havia desabado, toda minha alegria havia sumido naquela tarde.
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Mensagem por Lilith Ter Jul 24, 2012 7:36 pm

Ola de novo galerinha! o/

Depois de um bom tempo sem dar sinal de vida, aqui esta de volta a fic. *-*
Devido a uma série de fatores alheios a minha vontade, nao deu pra postar durante um bom tempo, mas agora finalmente vou terminar isso!!

Espero que curtamo capitulo 7(fiquei tanto tempo sem postar que quase errei na hora da postagem e colei o capitulo 8 aqui, kkk)
Boa leitura a todos. o/




Capitulo 7: Traição.

As horas se arrastaram, a vila parecia completamente tomada pelas pessoas e comemoração, porem eu não estava nem um pouco animada, meus pensamentos voavam desde a perda de Creepie, até a suspeita de que Dylan estava prestes a ser o responsável pela minha morte. Meus pensamentos eram confusos, as imagens se misturavam e por vezes eu não entendia nada, mas podia ver algumas delas, que alternavam entre os sons de Creepie me dizendo que Dylan era um farsante, e os momentos que eu ele havíamos passado juntos, apesar de poucos foram maravilhosos.

Após algumas horas resolvi voltar para casa, àquela altura Creepie já teria ido embora, lembrar daquilo me trazia mais dor, logo quando pensei que as coisas dariam certo, tudo desmorona em cima de mim. Fui caminhando para casa, demorei varias horas e por vezes tive que parar no caminho para descansar, estava completamente exausta. Já era noite quando cheguei a estalagem, cheguei na recepção e perguntei sobre o quarto e o recepcionista disse aquilo que eu já temia, Creepie havia ido embora.

Peguei a chave e subi para o meu quarto, quando entrei a cama onde antes Creepie estava dormindo estava arrumada, abri o armário e não havia nada além de algumas roupas minhas, fui à direção da cama e me joguei de bruços e comecei a chorar, fiquei assim por alguns minutos para ver se a dor passava pelo menos um pouco. Após algum tempo me levantei e comecei a arrumar minhas coisas, decidi que não ficaria ali para saber a verdade, pois a verdade não me importava mais, voltaria para floresta e nunca mais sairia de lá até o fim da minha vida, de repente alguém bate na porta, meu coração disparou como uma bala.

Sarah – Q-Quem é? – Disse um pouco assustada.

Dylan – Sou eu Sarah... Por favor, abra a porta...
– Fiquei algum tempo parada pensando se deveria ou não abrir a porta, poderia ser que Lughar estivesse ali e assim que abrisse a porta eu morreria, ou poderia ser tudo um grande mal entendido e ele estava ali para esclarecer tudo. Era uma duvida torturante, mas eu não consegui aguentar e fui atendê-lo, ao abrir senti um grande alivio, Dylan estava sozinho, mas ainda tinha minhas duvidas, Creepie havia me dito que eles planejavam me matar amanha a noite e não hoje, a confusão voltava a brotar em minha mente, mas deixei aqueles pensamentos de lado por um tempo para poder falar com Dylan.

Sarah – Oi... Dylan... – Tentei fingir que estava tudo bem, mas não consegui, era péssima em mentiras.

Dylan – Sarah, preciso lhe falar algo muito importante, um caso de vida ou morte.

Sarah – Eu sei... A minha morte no caso... Então, no fim das contas Creepie estava mesmo certa? Você é um dos capangas de Lughar?
– Ele baixou os olhos como se estivesse arrependido pelo que havia feito. – É tarde demais para se arrepender Dylan, eu vou sair daqui e você não vai me impedir...

Dylan – Vim para te avisar, Lughar sabe que sua amiga estava lá na taverna em Chiei, ele não vai esperar até amanha... Você precisa ir embora agora... – A expressão dele agora era bem séria, ele parecia estar falando a verdade, mas por quê? Será que ele havia mesmo se arrependido?

Sarah – Por que esta fazendo isso?

Dylan – Simplesmente... Não posso fazer isso, ajudar a acabar com a vida de uma pessoa inocente, uma jovem tão linda, cheia de sonhos... Não quero fazer parte disso, sei que isso não muda o fato de que ajudei Lughar e você não deixará de me odiar só pelo que estou fazendo agora...
– Ele faz uma breve pausa para respirar, então entra no quarto e passa por mim indo em direçao ao centro do quarto ficando de costas para mim. – Mas não quero interromper sua vida, ainda mais por um motivo tão inútil quanto dinheiro, quero que você siga em frente Sarah e seja feliz como você sempre sonhou... – Ele parou e ficou fitando o chão por alguns minutos.

Eu não sabia o que pensar, se o odiava por aquilo ou se me sentia grata, mesmo sabendo de toda a verdade, ele estava ali me confessando tudo por vontade própria, estava arrependido, eu realmente não sabia o que fazer, então me virei para falar com ele.

Sarah – Obrigada Dylan... Por vir aqui... Saiba que mesmo depois disso, lá no fundo, ainda continuarei gostando de você, não me esqueci dos momentos que passamos juntos e nunca esquecerei... – Nesse momento ele baixou a cabeça ainda mais, fechou os olhos e cerrou os punhos. – O que foi Dylan? O que aconteceu?

Dylan – Desculpe Sarah... Mas não tenho outra escolha... – Olhei para ele assustada e sem entender o que ele queria dizer com aquilo.

Sarah – Mas do que você esta fa... – Antes de poder completar a frase, senti uma forte pancada na cabeça que me deixou completamente atordoada, a dor era muito forte, além da tontura e da fraqueza causadas pelo golpe, cai no chão desacordada, a ultima imagem que vira ates de tudo apagar fora o rosto de Dylan olhando diretamente para mim do alto.

Ray – Bom trabalho Dylan, vamos levá-la até o esconderijo, o chefe quer dar conta dela pessoalmente.

Dylan apenas assentiu enquanto tirava um dos lençóis da cama e me cobria com ele, em seguida me pegou e colocou no ombro, o outro pegou minha bolsa e a virou em cima da cama pegando todo dinheiro que havia juntado nesses dias de trabalho e deixando o restante espalhado ali.

Ray – Olha só, gorjeta! Hehe.

Dylan – Pare de perder tempo Ray e vamos logo, não vamos deixar o chefe esperando... Quero acabar logo com isso.


Os dois saíram do quarto, Dylan me carregava no ombro enquanto desciam às escadas, o recepcionista ao ver aquilo achou muito estranho e foi perguntar, mas logo Ray foi na direção do homem para despista-lo, enquanto isso Dylan ia embora dali me carregando.

As ruas estavam desertas e escuras aquela noite em especial, já era bem tarde e eles faziam um caminho secundário pelas vielas para não serem notados, me levavam para uma parte até então que eu desconhecia da cidade, era mais suja, feia e rústica, as casas sobrepostas como um amontoado de barracos uns sobre os outros, o cheiro também não era muito agradável, a única coisa que eu sentia naquele momento, além da forte dor na cabeça.

Chegamos a uma das casas que havia ali, parecia ser um pouco menos pobre que as outras daquele beco, mas mesmo assim não deixava de ser um barraco, esta era feita de pedra e madeira. Ao entrarem uma grande sala com alguns moveis sujos e duas portas, uma de cada lado, Dylan me levou para uma delas, onde tinha um quarto, tinha apenas uma cama, uma cadeira e uma mesinha de cabeceira com uma vela, Ray se jogou no sofá e se esticou quase ficando deitado, enquanto Dylan me colocava na cama e com uma corda amarrava meus pés e braços, ainda estava desacordada naquele momento, mas tinha consciência de que meu fim estava para chegar a qualquer minuto.

Ray – Onde esta Lughar? Achei que ele já estaria aqui quando chegássemos!

Dylan – Não tenha pressa, ele estava resolvendo outros assunto em Chiei antes de vir para cá, deve chegar em algumas horas.

Ray – Algumas horas?! Mas que droga! Não vou esperar! Tenho outras coisas em mente!
– Dylan ficava visivelmente irritado com seu parceiro, porem ficou calado, sua expressão era séria e desanimada, como se não estivesse gostando daquilo que estava acontecendo. – Por que essa cara Dylan? Não me diga que se apaixonou pela lobinha! Ah mas que fofo, o mercenariozinho esta arrependido por ter que ajudar a matar a lobinha... – Dylan então se enfurece e parte para cima de Ray com brutalidade, segurando-o pelo colarinho a ponto de prender parte de sua respiração, enfurecido ele fala quase rosnando com Ray.

Dylan – Cale-a-sua-boca! Seu imbecil! Ou eu mato você...

Ray – Ah mata é? Vamos ver então... Se você tem coragem...


Dylan o encarava com ferocidade, mas logo seu semblante mudou para o desanimo de antes, ele então soltou Ray e foi andando na direção do quarto onde eu estava presa.

Ray – Seu fraco... Sabia que você não teria coragem de me matar, HAHAHA! – Dylan parou e baixou a cabeça, agora triste, não só pelo que estava prestes a fazer, mas também por ter sido tão fraco e ter deixado que a situação chegasse aquele ponto.

Dylan entrou no quarto e fechou a porta, ficou lá por alguns minutos fitando meu rosto enquanto estava desmaiada, eu parecia estar tranquila, e realmente estava, estava sonhando, relembrando os bons momentos do meu passado, tanto na floresta como os vividos aqui, apesar de tudo, estava um pouco feliz, pelo menos durante alguns dias, pude sentir como era ser uma pessoa de verdade.

Dylan – Desculpe Sarah... Mas eu não tive escolha... Eu fui fraco... E agora você esta pagando pelo meu erro... – Dylan parecia estar arrependido de verdade agora, porem já era tarde, Ray não o deixaria sair dali e Lughar estava para chegar a qualquer momento, logo meu fim chegaria também.
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Mensagem por Lilith Seg Jul 30, 2012 6:05 pm

Capitulo 8: Creepie, a verdadeira amiga.
(Capitulo especial! Narrado por Creepie).

Estava caminhado puxando Sarah para o local onde havia visto o tal amante dela conversando com um outro homem esquisito, quando ela subitamente parou e ficou olhando com cara de assustada para dentro de uma taverna qualquer.

Creepie – Sarah o que foi? O que aconteceu com você, parece que viu um fantasma.

Sarah – É ele... Lughar... Ele esta aqui...

Creepie – Onde? – Perguntei já ficando preocupada.

Sarah – Ali... Bem ali...
– Assim que ela apontou para o local tive uma surpresa dupla, aquele era o mesmo homem com quem o amante de Sarah estava conversando num beco aqui próximo, mas que tipo de assuntos ele poderia ter com um assassino? Será que... Preciso descobrir isso a qualquer custo!

Creepie – Eu vou lá! Vou ver se consigo alguma informação! – Fez menção de quem ia, mas logo Sarah me segurou com força.

Sarah – Enlouqueceu?! Não pode fazer isso! Por favor Creepie não vá, por favor, vamos embora daqui, vamos por favor!

Creepie – Sarah minha querida, fique calma, ele nem sabe quem eu sou! Eu vou sentar próxima dele e ver se ele sabe de alguma coisa ou se está aqui apenas de passagem, se for isso é só você ficar escondida por uns dias e esperar ele ir embora.

Sarah – Não to gostando disso, você ali... Com aquele assassino...

Creepie – Ele não teria coragem de me matar sem nenhum motivo aparente ali no meio da taverna cheia de gente! Além disso, eu posso me defender.
– Disse levantando a mão direita e materializando meu cetro, logo em seguida o fiz sumir novamente e me virei para a taverna.

Fui andando com a expressão séria, precisava ser discreta o suficiente para ficar próxima dele sem levantar suspeitas, eles estavam sentados numa mesa bem no canto afastados da maioria, a taverna também não estava tão cheia, então resolvi me sentar duas mesas de distancia, seria suficiente para ouvi-los sem levantar suspeitas sobre minha posição, pedi uma bebida qualquer para o garçom para poder disfarçar melhor.

Lughar – A garota está numa estalagem próxima a praça central junto com uma amiga, as duas são inofensivas pelo que Dylan me contou, vocês só precisam chegar lá e dar fim na amiga dela e levar a menina loba para o esconderijo no beco central.

Ray – Certo, sobre a outra garota, quem ela é? Faz alguma idéia?

Lughar – não tenho nenhum interesse nela, ao que me parece a menina loba a conheceu aqui na cidade mesmo, você provavelmente não terá problemas com ela.


O outro homem então olhou em minha direção e pareceu ficar um pouco assustado, na hora percebi que ele sabia que era eu, provavelmente o traidor do amante da Sarah havia lhes dado minha descrição, o homem então se aproximou de Lughar e lhe sussurrou algo que não consegui ouvir, foi nessa hora que percebi que tinha que fugir dali rápido.

Tinha esperanças de que fosse pura coincidência, porem aquilo que eu mais temia eu acabara de ouvir da boca do próprio assassino e pior, o amante de Sarah estava envolvido completamente no assunto, precisava avisar a Sarah o que estava por vir. Antes de sair joguei algumas moedas na mesa, não me importava se eles me seguiriam ou não, precisava tirar Sarah daquele lugar imediatamente, sai da taverna e procurei por Sarah, que estava encostada num canto escondida.

Creepie – Sarah! Você precisa ir embora da cidade o mais rápido possível! Ele sabe que você está lá, aquele garoto com quem você esta ficando é um capanga dele!

Sarah – M-Mas como assim? Creepie do que você está falando?

Creepie – Aquele tal Dylan, é capanga dele, eu ouvi o assassino falando com outro homem, ele esta apenas fingindo te amar para poder te manter na cidade até amanha a noite, eles dois irão lá te matar!

Sarah – Creepie, você tem certeza que era do Dylan que ele estava falando? Podia ser qualquer um...

Creepie – Era ele Sarah! Acredite em mim, aquele cara não presta, você precisa ir embora ainda hoje, eles vão lá amanha buscar você! – Disse já ficando irritada com a insistência de Sarah.

Sarah – Eu vou falar com ele... Não posso deixar isso assim...

Creepie – Sarah! Você é louca? ELES VAO TE MATAR! A GENTE PRECISA SAIR DAQUI AGORA!
– Estava bem irritada agora com a atitude de Sarah, mesmo depois dessas semanas juntas, ela parecia confiar mais naquele estranho que em mim.

Sarah – Eu preciso falar com ele, preciso confirmar!

Creepie – Você não confia em mim Sarah? Depois desse tempo juntas você prefere confiar naquele desconhecido, que quase sempre te deixa sozinha, invés de mim?

Sarah – Não é isso Creepie, é diferente, eu só quero... Eu preciso ter certeza... Você não entenderia...
– Realmente eu não entendia como alguém podia ser tão burra a ponto de querer se matar por tão pouco!

Creepie – Certo! Se é isso que você quer, então vá em frente, mas não diga que eu não avisei... Vamos pra cidade... Preciso arrumar minhas coisas... – Já que ela não confiava em mim, não tinha mais porque continuarmos juntas, se ela queria se matar, que fizesse isso sozinha, afinal se eu ficasse seria morta também.

Sarah – Arrumar suas coisas? Você vai embora? Por favor, não vá Creepie, não me abandone agora, por favor...

Creepie – Desculpe Sarah, mas não vai dar, eu estou tentando te ajudar, mas você prefere recusar minha ajuda e continuar sozinha... Vou sair da cidade hoje mesmo, não tenho mais porque ficar lá, espero realmente que você vá embora, não quero receber a noticia de que você fora assassinada.

Sarah – Não Creepie, não faz isso, por favor...
– Sarah logo começou a chorar, e aquilo me comoveu um pouco, fiquei triste em ter que deixa-la.

Creepie – Adeus Sarah... Foi muito bom conhecer você... Mas preciso seguir meu caminho agora...

Virei-me e fui andando em direção a praça novamente, estava muito triste com aquilo, era muito errado deixa-la sozinha e indefesa naquele momento critico, mas ela não me deixava escolha, a ultima coisa que eu queria era vê-la morrer. Apesar desse pouco tempo juntas, eu a considerava uma pessoa muito especial, ela trouxe para mim uma alegria que eu não sabia que existia em mim, o jeito meigo dela de ser e sua animação quase constante me deixavam mais alegre, menos morta por dentro.

Caminhei pela feira alguns minutos, mas estava completamente absorta em meus pensamentos, não conseguia parar de pensar na pobre Sarah e o destino cruel que a aguardava.

Creepie – Vamos la Creepie, ela escolheu isso, esqueça, você tem outros objetivos... – Logo um flash de memoria invadiu minha mente me impedindo de continuar a pensar.

“Creepie – Meu passado é obscuro... Não é algo que possa ser compartilhado, o que importa é que não sou uma má pessoa, carrego essa aura maligna devido aos meus erros e escolhas passadas.

Sarah – Eu acredito em você Creepie! Mesmo tendo te conhecido a poucos dias, mesmo que eu sinta essa aura má que emana de você, não vejo em você uma pessoa malvada...

Creepie – Obrigada Hatsu, você é um amor de pessoa, além de ser muito fofa.

Sarah – De nada Creepie!


[...]

Sarah – Não precisa se desculpar boba, você é minha melhor amiga, não importa o que aconteça, seremos amigas pra sempre entendeu?

Creepie – Certo Hatsu, amigas pra sempre.”


Aquele sentimento invadiu meu coração, se é que eu ainda tinha um, a muito tempo eu não sabia o que era sentir algo desse tipo e eu não podia simplesmente deixa-la ir embora, morrer daquela forma. Voltei correndo para onde eu e Sarah havíamos discutido mas não a encontrei, invés disso la estava o assassino e dessa vez Dylan na frente da taverna, coloquei o capuz, pois sabia que o garoto me reconheceria, fui passando devagar por eles e pude ouvir.

Lughar – Aquela garota, a acompanhante da menina loba, esteve aqui.

Dylan – E o que aconteceu? Ela ouviu alguma coisa?

Lughar – Acho que sim, teremos que adiantar o plano, será hoje à noite, tente chegar à cidade primeiro e fique observando ela de longe, mas não deixe que ela vá embora antes de Ray chegar lá para te ajudar.

Dylan – Certo, vou alugar um cavalo e com certeza chegarei lá mais rápido que ela.

Lughar – Depois leve-a para o esconderijo, eu preciso resolver alguns assuntos pendentes por aqui, logo depois irei para lá para dar um fim nessa garota.

Dylan – Certo...


O rapaz então saiu depressa dali, com certeza iria até uma estrebaria próxima para conseguir um cavalo e por em pratica o plano deles, mal consegui pensar com clareza ao ouvir aquilo, eles iriam mata-la hoje! Eu não podia deixar aquilo acontecer de jeito nenhum, não deixaria minha amiga morrer mesmo que tivesse que me sacrificar por isso!

Sai da vista do assassino então corri para a entrada principal da vila, para minha sorte havia uma caravana de viajantes indo embora naquele exato momento, então peguei carona com eles, não seria tão rápido quanto Dylan cavalgando, mas velocidade não era o que eu precisaria para salva-la e sim estratégia, eu chegaria lá e ficaria escondida tomando conta para o caso de alguém tentar atacar Sarah desprevenida.

A tarde passou e eu finalmente eu estava na cidade, estava anoitecendo e as ruas começavam a se esvaziar, o tempo estava frio e parecia que ia chover a qualquer momento, como naquele dia quando conheci Sarah. Corri pelas ruas querendo chegar a estalagem o mais rápido possível, mas fui surpreendida por ninguém menos que o assassino, Lughar estava bem a minha frente, e me encarava agora.

Lughar – Creepie certo? Você é a amiga da menina loba.

Creepie – O nome dela é Sarah... E sim eu sou amiga dela, por que está tentando mata-la? Já não tem tudo que quer, não basta tudo que já fez com ela?

Lughar – Você não entenderia mesmo que eu lhe explicasse, mas fique sabendo que se tentar me impedir, terá o mesmo triste fim que sua amiga.

Creepie – Veremos quem terá um fim hoje...
– Materializei meu cetro e me preparei para atacá-lo, mas ele fez algo inesperado, começou a rir ainda parado no lugar, nem ao menos se posicionou para defender-se.

Lughar – Então você é uma maga... Interessante... Fique sabendo que se você tentar me impedir, terei que mata-la agora mesmo!

A cada minuto que passava eu ficava com cada vez mais enfurecida com aquele assassino, mas estava preocupada também com o bem estar de Sarah, eu percebi o que ele estava fazendo, estava ganhando tempo para que Dylan e o outro fossem atrás de Sarah, não podia ficar perdendo tempo com aquele cara, precisava fazer algo rápido.

Creepie – Não vou deixar que mate ela, se quiser me impedir, terá que fazer isso depois de morto e torrado! – Conjurei uma de minhas magias de fogo e lancei contra ele uma grande labareda, algumas das poucas pessoas que passavam pelo lugar ficaram bastante assustadas e correram gritando, antes que a labareda chegasse ao alvo, ele se moveu tão rápido que mal pude vê-lo, quando me dei conta estava já ao meu lado.

Ele segurou meu braço e me puxou para ele enquanto que com a outra mão apertou meu pescoço e começou a me enforcar.

Lughar – Sua menininha tola, você não pode me vencer numa luta, nem mesmo pode me tocar... – Nesse meio tempo, pude ouvir o som de cavalos, estávamos próximos da entrada da cidade ainda, não demoraria muito para que os guardas chegassem ali. – Voce tem muita sorte sabia garotinha intrometida? Fique fora do meu caminho, ou terá o mesmo triste fim da sua amiga loba. – Dito isto, ele me largou, cai sentada no chão da rua, estava quase sem ar naquele momento e minha garganta doía bastante, ele era muito mais forte do que eu podia imaginar, ainda tossindo observei enquanto ele sumia na escuridão.

Creepie – Droga! Não importa o que ele diga, não vou deixar que mais ninguém próximo de mim morra.

Me lenvatei e fui correndo em direção a estalagem onde antes estava junto com Sarah, mas ao chegar la, notei que já era tarde demais, quando cheguei ao quarto de Sarah já estava vazio, as coisas dela estavam jogadas sobre a cama e a porta aberta, tudo indicava que ela havia sido levada dali, mas para onde?

Desci correndo as escadas e fui para a rua, mas não fazia a menor ideia de onde eles poderiam estar, olhei para os lados começando a ficar desesperada com a situação, restava pouquíssimo tempo “Droga Creepie, use a cabeça, acalme-se...”, respirei fundo e me acalmei um pouco e assim a ideia surgiu, ouvi o assassino falando sobre um tal de beco central na taverna, já era um avanço, mas eu infelizmente não conhecia a cidade, seria complicado encontrar tal lugar.

Comecei a minha corrida desesperada novamente indo agora para o norte, entrei em algumas vielas, becos sem saída, todos os lugares escuros possíveis para se encontrar bandidos, mas nada, não tive sorte, meu tempo estava se esgotando, eu precisava fazer algo rápido, foi quando senti uma pontada em minhas costas e uma voz sussurrava agora em meu ouvido “Passa tudo que você tem ai menininha...”, nessa hora minha raiva chegou a um nível extremo e eu já não estava mais pensando corretamente, o idiota estava ocupado demais sussurrando ao meu ouvido e não viu quando criei em minha mão direita uma pequena chama, joguei então a chama sobre a perna do desgraçado que começou a pular feito louco e se bater para tentar apagar o fogo, em seguida me virei e já apontando meu cetro para o rosto dele, na ponta uma nova chama se acendia.

Creepie – Onde fica o beco central?

Ladrao – Por favor não me mata garota, foi mal, eu juro qu...

Creepie – Onde fica a droga do beco central?! Fala rápido antes que eu queime sua cara de palerma!

Ladrao – É pro nordeste... Nordeste daqui, na parte pobre da cidade... Por favor não me mata...

Creepie – Vai embora daqui de uma vez...
– Baixei meu cetro e no mesmo instante o ladrão incompetente saiu correndo aos tropeços, quando não pude mais ve-lo comecei a minha corrida em direção ao local para onde o ladrão havia me indicado.

Segui até uma favela ali próxima, era um lugar típico de bandidos como ele, mas não me atentei a detalhes, estava atenta para salvar Sarah, se eu fizesse algo errado isso poderia custar a vida da minha melhor amiga. Corria pelas vielas úmidas e escuras daquele lugar, até que finalmente vi algo estranho, dois homens andando calmamente por ali, um deles carregava algo enrolado num pano em cima do ombro, me aproximei um pouco para ver se podia enxergar melhor e vi a ponta da cauda de Sarah em meio ao pano branco. Eles foram andando mais um pouco por aquela viela até que chegaram num pedaço da rua que se dividia para varias ruas secundarias, era um bem espaçoso ali, quase do tamanho de uma pequena praça, eles então foram em direção a uma cabana ali mesmo naquele centro.

Assim que eles entraram me aproximei um pouco para poder ouvir o que acontecia la dentro, os dois pareciam discutir, falavam sobre Sarah, mas eu não entendia o que estava acontecendo, então ficou tudo quieto lá dentro, para minha sorte o assassino ainda não estava ali, isso me daria tempo de salva-la, fui até a janela da esquerda e olhei pela fresta, lá estava Dylan sentado ao lado de Sarah que estava amarrada na cama desacordada.

Creepie – É agora Creepie! Não se preocupe Sarah, vou salvar você!

Me afastei um pouco da casa então materializei meu cetro, concentrei bastante energia e logo uma grande bola de fogo se formou, a qual eu joguei contra a porta da casa fazendo-a explodir, logo a casa velha começou a pegar fogo em alguns pontos, corri para entrar na casa antes que eles pudessem se recuperar da explosão, quando cheguei o outro homem estava deitado no chão tossindo, provavelmente por causa da grande quantidade de fumaça que havia feito toda aquela bagunça.

Porem assim que ele me viu se levantou e puxou uma adaga do bolso e partiu para cima de mim com tudo, me aproveitei do fogo que estava queimando em alguns pontos da casa e criei uma parede fogo a minha frente, que logo fez o idiota a minha frente dar um salto pra trás.

Ray – Uma feiticeira? DYLAN SEU IDIOTA VENHA AQUI RAPIDO, ESTAMOS COM PROBLEMAS!

Creepie – Com certeza estão!


Com um movimento rápido das mãos joguei a barreira de fogo contra o homem que se jogou para o lado dando uma cambalhota, nesse momento a porta do quarto a esquerda se abriu e Dylan saiu de lá assustado, ao me ver ficou ainda mais surpreso.

Dylan – Então você veio...

Creepie – Seu monstro! Vou fazer você pagar por ter feito o que fez com ela.


Um novo movimento das mãos e uma língua de fogo voou em direção a Dylan que entrou novamente no quarto e fechou a porta para se defender, nesse meio tempo o outro homem se levantou e veio para cima de mim novamente, mas este não teve tempo suficiente de agir graças a um grande pedaço de madeira que caíra do teto.

Quando me dei conta a casa quase toda estava em chamas , logo toda a estrutura desabaria sobre nós e o homem pareceu perceber isso também, ele olhou algumas vezes para mim e para a porta do quarto, parecia escolher se ficava mesmo ali ou se fugia, ele decidiu então pela própria sobrevivência e saiu correndo por uma outra porta, provavelmente havia uma segunda saída nos fundos.

Corri para a porta do quarto, mas quando fui abri-la, Dylan o fez com um chute, lá estava ele com Sarah nas mãos, estava desamarrada porem ainda inconsciente, eu particularmente não entendi o que ele estava fazendo, apenas concordei e corri para a saida logo atrás dele para ter certeza que ele estava mesmo salvando a vida dela ou apenas se aproveitando disso para se salvar.

Assim que saímos da casa demorou pouco mais de um minuto para tudo desabar, nós dois ficamos olhando para a cena, o outro homem já não estava mais ali. Depois disso nos encaramos, Dylan ainda estava com Sarah em seu colo, ela estava finalmente recuperando os sentidos, foi então que Dylan levantou puxando-a pelo tronco para ficar de pé e com a outra mão puxou uma faca do bolso e colocou no pescoço de Sarah.
Lilith
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