Beco da Magia

@Chaos

- Está logo ali. - disse, apontando para não muito longe, era uma bacia de pedra enfeitado com algumas runas, dentro dela havia um líquido prateado que refletia a luz, como se fosse um espelho. - Eu preferiria ficar por aqui, há coisas que eu não gostaria de lembrar. - disse a velha. Chaos colocou então a lagrima dentro da penseira, e o líquido dentro dela ficou azul ao mesmo tempo que girava rapidamente. Após alguns segundos o líquido começou a se acalmar e então a velha assentiu com a cabeça, - Pode entrar minha jovem. - Chaos não se demorou, sabia o que tinha que fazer, colocou o rosto dentro da bacia e esperou.

Dentro da bacia Chaos não conseguia ver nada. Deveter dado errado, pensou. Tentou mexer sua cabeça de modo que saísse da bacia mas não conseguiu, parecia que a penseira a prendera de alguma maneira. Entrou em desespero, não conseguia respirar direito, tinha que fazer algo para escapar dali rapido.

O tempo se passou com Chaos se debatendo e finalmente ela teve que respirar, absorvendo aquele líquido viscoso em vez de ar. De repente parecia que a maga havia perdido a consciência, ela agora parecia vivenciar a mente de alguém que não fosse ela, ela vivenciava as lembranças de alguém.

Essa lembrança era feliz, era de um casal, uma elfa, loira de olhos verdes, que parecia estar muito feliz. O homem, um humano, tinha os cabelos marrons assim como os olhos. Eles se abraçavam e conversavam, embora não desse para ouvir uma única palavra.

De repente tudo ficou preto e a lembrança desapareceu, e então uma outra foi se formando, era daquela loja, no que parecia ser muito tempo atrás. Lá estava o mesmo homem, cuidando da loja, haviam muitos clientes por todo o lado, interessados por aquela magia. Haviam três vendedores, ele próprio, uma belíssima mulher e um leonino. A loja parecia ser dividida em três sessões, cada uma pertencendo a cada um dos vendedores. A mulher cuidava de uma loja de doces e trapaças, como era chamada, nela se encontrava de tudo qualquer tipo de doces e as brincadeiras mais infames para se fazer com os amigos - era uma loja bem famosa por parte dos estudantes que viviam próximos dali. A segunda sessão da loja era a do mago, tinha muitas coisas, eram itens mágicos, armaduras e algumas peças de arte. O que mais lhe orgulhava eram as armaduras que possuía, armaduras que ele mesmo fizera para cavalheiros de dragões e que chegavam a custar o mesmo preço de um castelo. A terceira sessão era a do leonino, isso é, uma mistura de leão com homem, ele andava como humano, tinha a cabeça e o rabo de um leão, além da pelagem, tinha uns 2,5m de altura e era muitíssimo musculoso, ele tinha uma loja de armas e dos animais mais exóticos, ele era um treinador de grifos e dragonetes, os treinava desde crianças e tentava os vender a preços exorbitantes. A loja ia bem, eram todos felizes.

A lembrança foi se desfazendo e outra tomou conta, o mesmo casal de antes surgiu, estavam assustados. O mago estava ferido, próximo ao seu ombro faltava um bocado de carne, estava sangrando muito. Ele havia sido mordido por algum tipo de fera. - Eu o matei, eu o matei meu amor. - Não se preocupe. - disse a elfa. - Está tudo sobre controle. - E então a elfa começou a fazer um trabalho de salvamento, na presença de tal hábil curandeira era fácil dizer que o mago sobreviveria, mas poderia ele se transformar numa fera igual a que lhe mordera?

A imagem se desfez, ele estava dentro de um quarto, amarrado numa cama, ao lado da elfa, era noite de lua cheia e faltava pouco para a lua passar pela janela. Quando ela finalmente apareceu os dois ficaram aliviados, o tratamento tinha sido eficaz, o mago não estava infequitado.

Outra imagem se formou, era o mago, na companhia de uma elfa, que parecia ser algum tipo de conselheira, conversavam tranquilamente quando ela virou os olhos, entrando num estado de choque, recitando palavras de uma profecia com uma voz que não era dela.

Toda vez que um mago caído morre ele abre espaço para outro renascer
Você derrotara seu maior inimigo, mas perdera tudo aquilo que ama
Terás que beber do sangue de quem tentou te matar para sobreviver
Roubara a vida daqueles que ama e se transformará no que nunca quis ser
Chegará tão longe mas desistirá de crer

A imagem da profecia se desfez e outra se formou novamente, era o mago dentro de sua loja, agora não haviam mais clientes, não haviam sócios e a loja se parecia muito com o que era hoje. Ele lia nervosamente muitos livros proibidos, marcados com linguagem demoníaca, ele trabalhava exaustivamente, noite e dia, sem conseguir dormir por causa dos pesadelos.

A imagem sumiu e outra apareceu, ele duelava com um mago, um mago que assim como ele, aprendera a dobrar o sangue com livros antiguissimos, técnica não muito diferente da dobra de água, mas bem mais macabra. A imagem não mostrava, mas dava para se perceber que o acidente da fera era culpa daquele outro mago. Eles duelavam, cada um tentando matar o outro, eram magos bem talentosos, mas ele acabou perdendo, muito ferido por machucados que só podiam ser vistos por dentro por causa da dobra de sangue. O outro mago se preparava para dar o golpe final quando foi atingido por uma flecha, caindo morto. Então a mesma elfa das outras memórias apareceu. - Meu amor. - disse correndo até seu amado - Você está tão ferido. Eu não sei se consigo te salvar. - Disse, enquanto derramava lagrimas. - Ainda há uma maneira. - disse a elfa pegando um frasco com um liquido vermelho, era sangue da criatura que atacou o mago outrora. - Tome, isso pode te salvar. É sua unica chance.

A elfa ficará até o ultimo segundo com seu amado, vendo ele aos poucos melhorar para então se transformar numa fera, roubando-lhe a vida. Depois disso a memória ficou meio vaga, o jovem mago apareceu com muita dor e foi até a loja, pedir ajuda, se amarrar, esperando um dia que a maldição o deixasse. A profecia estava comprida. Chaos então foi jogada para fora da penseira, líquido prateada escorria por seu nariz e ela sentia um enorme desconforto.

@Pollux
Os dois procuraram o livro, - Ele tem uma capa vermelha nuns tons de dourado. - explicou o soldadinho. Demoraram um pouco para encontra-lo, e sem muita demora os dois voltaram para ver os outros e encontraram Chaos no chão com um líquido prateado escorrendo do nariz.

Considerações

Chaos aprendeu a utilizar a penseira e também que sangue de algumas feras podem servir como poderosas poções contra ferimentos gerados apartir de dobra de sangue, mas que essas poções podem vir com um grande preço.

-- Cadê a faxineira desse local? esse cara já ouviu falar em organização? -- Palavras sem pensar e sem ofender, como de costume.

"Vermelho com dourado, vermelho com dourado, vermelho com dourado..." Recita como num mantra enquanto joga com displicência os livros que não batem com a descrição para trás. " Pra que essa gente se mete nesses troços de magia afinal?"

Um dos livros passa raspando pelo soldadinho, que analisava uma pilha de livros. -- Hey, cuidado! -- Uma segunda olhada e ele nota a cor do livro: vermelho com tons dourados.

-- Hey, grandão, achei! -- Póllux se vira e se aproxima com um salto.

-- Ora essa pequenino...muito bom, muito bom mesmo!. Vamos levá-lo pra tia da loja lá. Mas antes...-- Diz enquanto pega o soldado nas mãos. -- Meu nome é Póllux, e você...você ainda precisa de um...-- Póllux estende os braços ao alto (tipo assim XD).--
E eu agora te batizo MOEBIUS! -- Uma pausa.

-- Érr...que tal levarmos logo o livro grandalhão? -- diz Moebius, ligeiramente embaraçado.

-- Tem razão Moebius...tem razão... -- Póllux coloca Moebius no bolso e sai carregando o livro.

Em poucos passos ele cruza a distância entre a sala e onde todos estavam, esbravejando. -- Achei, achei, a... --

Elyaris. No chão. Com um líquido prata escorrendo do nariz.

-- Elyaris? -- Ele larga o livro no chão e corre para acudi-la. -- Hey garota tá tudo bem? hey Elyaris! -- Com o pano do himation, ele limpa o líquido. -- O que é isso?

- Ah você não precisa se preocupar, ela vai ficar bem. - disse a velha.

Póllux trouxe o livro, era um pequeno caderno, não deveria ter mais de umas 50 paginas, sendo que umas 30 estavam completas. Se fossem o analisar perceberiam que parecia uma especie de agenda, como se o mago tivesse deixado anotado seus conhecidos, o livro era bem confuso, tinha palavras em élfico, em linguagem infernal e em linguagem comum, além de alguns nomes que conseguiriam reconhecer como os de anões.

Folheando o caderno poderiam encontrar uma pagina bastante riscada, em seu canto superior esquerdo havia escrito com tinta preta: Feras, Godúx, assim como Poções, Tocha e Dobra de sangue, Kurion. Pareciam ser os contatos do mago. Em outras paginas também haviam outros contatos, Thorin, Escudo de Carvalho. Guil, o ladrão. Cida, a harpia. Krum, o Domador de Feras. Néron, o Gigante. Cilas, o Minotauro. Entre muitos outros.

Haviam instruções nas paginas anteriores, e eram bem complexas, era uma explicação passo a passo de como fazer um amuleto que poderia tocar a mente de uma pessoa em qualquer lugar que ela estivesse, mas isso não saia de graça, havia um encantamento que a pessoa tinha que se submeter para que isso fosse possível, e também havia uma descrição de como encantar essa pessoa, já o objeto para se comunicar com essas pessoas escolhidas era parecido com uma corneta branca. O mago tinha uma dessas, estava logo ali, a não mais de 5 metros de onde estavam. Embora o processo de encantamento fosse complexo, se comunicar com a pessoa era simples, era preciso apenas dizer o nome dela nessa tal de trombeta.

Póllux apenas olha por alto. Esses lances de ocultismo não combinam com ele...mais vale o aço de uma espada. Apenas as instruções do amuleto e o desenho da corneta o interessaram.

"Se Késtor estivesse aqui, ele ia ajudar nessas línguas estranhas, eu acho...ele é esperto."

Imediatamente seus olhos correm pelo local e avistam o objeto.

-- Se não se importar, senhora, eu pego a corneta descrita por ele. -- Ele pega o objeto e volta logo. -- E agora...o que fazemos?

- É claro que pode ir pega-la - assentiu a velha, quando Póllux lhe perguntou sobre a tal trombeta. - Eu não acho que ele gostaria que vendessem nenhum dos livros dele. Ele já ganhou muito dinheiro nessa vida, o que menos quer agora é perder o que realmente da valor. Mas se você encontrar algo que ache interessante sinta-se a vontade para ler. Se você está interessada no que ele estava lendo a pouco.. Bem, era um livro que um demônio lhe dera, um tal de Godúx. É este que me da pesadelos. Eu o carrego comigo, tento entender alguma coisa, mas nada parece fazer muito sentido. De qualquer maneira acho melhor tentarmos falar com ele. - disse, entregando o livro a Elyaris.

-- VUUUDUZZZ....VUUUDUUUUZZZZZ....CUUTUUXXXX -- Póllux sopra a corneta com todo seu fôlego. -- Como é que nós vamos falar o nome do infeliz e cornetar ao mesmo tempo? O que que tá escrito ai exatamente Elyaris? --

Ele tenta mais uma vez, apenas conseguindo obter sons esdrúxulos.

-- Essa magia é da braba mesmo...mas fique tranquila, senhora, vamos resolver esse problema o quanto antes....né Ely? -- No fundo, ele sabe que não faz ideia nem por onde começar.

- Para falar a verdade eu não entendo nada disso. - disse a velha. - Acho que vocês vão ter que aprender sozinhos...

- Não vai ser preciso seus panacas. - disse uma voz não muito distante dali, era Xumi. - Deixa que eu faço isso. - O garoto pegou a trombeta das mãos de Póllux e tocou algumas notas, quando a conexão estava feita ele disse: Godúx, pode dar um pulinho aqui?

Demorou um pouco, mas derepente uma fumaça roxa se formou perto da penseira e quando ela sumiu, lá estava, Godúx. Ele não deveria ter mais de 30cm, tinha a pele de coloração roxa, um sorriso macabro e olhos amedrontadores.


- Eu não esperava ser chamado tão cedo, parece que perdi a data. Tinha quase me esquecido, o Deus! Mas tudo bem eu trouxe as seringas, não vai demorar muito e em um minutinho eu dou o fora. - disse com pressa. Ele flutuou até a fera com uma seringa em mãos. - Não se preocupem, não doí nem um pouquinho. - disse dando risadinhas.

A presença do demônio incomoda todos ali, principalmente Póllux que pode ou não virar Késtor.

-- Mas que...-- O garoto toma a trombeta e chama o demônio. "Dã, mas é óbvio seu soldado de bosta...soprar E chamar...e não chamar soprando...."

Nos instantes que seguem o fim do chamado, Póllux aguarda ansiosamente a resposta. Qualquer minuto é uma eternidade pra quem não consegue parar quieto.

A ansiedade só aumenta quando chega o demônio...aquela presença...apenas obedecendo o instinto básico de sua natureza impulsiva, ele saca sua espada.

E permanece assim, com espada em punho apenas observando o grotesco ser e a tentativa de Elyaris de se comunicar com ele.

- As seringas são para tirar o sangue dele, é claro. E se eu fosse você abaixaria esse espada... - disse o demônio, flutuando no ar enquanto segurava uma seringa. Fez um gesto com a mão em direção do globo metálico e ele começou a girar, tocando aquela mesma música infantil de antes. Ele colocou a seringa no braço da fera dizendo: - Calminha. - E tirou uma seringa cheia de sangue da fera. A música seguiu tocando.

- É um sangue muito valioso. - disse, e a seringa desapareceu no ar deixando o rastro de uma fumaça roxa, que logo desapareceu também - Percebi que vocês não sabem o que aconteceu aqui. - ele foi flutuando até a ponta do balcão onde sentou-se, balançando as pequenas perninhas no ritmo da música. - É bem simples. Ele me pediu ajuda, queria deixar de ser essa fera. E em troca me ofereceu seu sangue. Um pouquinho de cada vez, até ele conseguisse retornar ao normal. Bem, eu... Ará, ele está bem aqui! - disse, apontando um dedo para o livro que Chaos carregava. O livro flutuou até a frente do demônio, o livro se abriu sozinho, parando em uma página que ele escolhera. O demônio observou atentamente a pagina em branco por alguns segundos antes de continuar. - Bem eu acho que ele ainda não conseguiu ler o feitiço. - disse pensativo.

- Você consegue ler? - Perguntou a Chaos, mostrando-lhe a pagina em branco. - Pzz, claro que não, você nem deve nem saber quem sou eu. - E riu, ao ver a cara de confusa da maga. - Eu volto amanhã, agora que ele está mais saudável acho que posso pegar uma seringa por dia, quem sabe duas. - E assim como ele veio, ele foi. Desapareceu num piscar de olhos, deixando uma nuvem roxa para trás, que logo desapareceu também. Com sua saída o livro caiu no chão.

- Acho melhor nos prepararmos para dormir, vocês podem ficar aqui essa noite. - disse a velha, aliviada com a saída de Godúx. Ela conduziu os dois para dentro da loja, onde puxou uma corda que prendia uma portinhola no chão que se abriu, revelando um andar subterrâneo da loja. Lá embaixo era bem mais arrumado do que em cima, era, como dizer.. Um esconderijo de luxo. Havia espaço suficiente para treinar e ler, além de dormir, comer e outras necessidades básicas.

- Sintam-se em casa. - disse, e foi deitar-se. O garoto também sumirá, tinha ido fechar a loja. Se fossem analisar o resto do livro, perceberiam que, assim como Godúx dissera, as outras paginas não eram importantes, eram feitiços feitos para ser lançados em quem os lesse, gerando alucinações e pesadelos, não havia garantia nenhuma que o livro realmente fosse lhe ajudar, a não ser a palavra do demônio.

Bem, entre as paginas em branco consta sim o feitiço de como revirar a maldição do mago, fazendo ele deixar de ser a fera. Porém vocês não conseguem ver nada escrito, de jeito nenhum. Eu já decidi como quais as condições para o feitiço aparecer e não vou trocar isso de jeito nenhum. Vocês podem levar 1 ou até 10 posts para descobrir o segredo como também podem nunca descobrir. A recompensa, no caso da descoberta é 100 de XP, ou um lvl. Se fosse para eu dar uma dica eu diria para tentar abrir o livro sempre que puderem, para ver se o feitiço está ou não lá.

Póllux segue, cabisbaixo, para o quarto no alçapão. Ele está diante de uma situação da qual sua espada não serve de nada. É como diz o ditado: querer nem sempre é poder. E Póllux quer muito ajudar.

-- Muito obrigado, senhora. -- Responde cordialmente ao entrar e olhar ao redor.

Ele espera ficar a sós com Elyaris para falar com ela.

-- Você faz alguma ideia do que fazer agora? Pois digamos que eu...não seja o maior fã de livros e essas coisas...então realmente não sei como resolver isso. -- Enquanto fala ele se despe de todo material e vestimenta, exceto seu chiton. -- Hey, Moebius, tem alguma ideia? --

Gemini se despiu parcialmente se preparando para dormir, enquanto Chaos se preparava para uma longa noite de estudos. - Eu não tenho a mínima ideia de como ler esse livro. - disse Moebius. - Se eu soubesse agente não precisaria fazer nada disso. Tem certeza que não tem nada de escrito na pagina? - perguntou a Chaos.

Chaos pode observar a pagina destacada por Godúx e lá não havia mais nada além de um espaço em branco. Se tocasse a pagina também não perceberia nada, nenhuma protuberância, era uma pagina lisa.

Por mais que se esforçasse nenhuma das tentativas de Chaos teve sucesso, o que desanimou Moebius, que deitou-se bem perto da mão da maga, pronto para dormir.

OFF: desculpa pela demora...mas eu realmente não tinha visto ela postar @_@

Tédio tédio tédio tédio tédio...tudo bem que estava confinado e com privacidade junto a uma donzela...bem apanhada...mas essa história de desvendar enigma mágico...simplesmente tirava seu..."apetite".

E não demora muito para que Póllux, assim que recosta a cabeça na cama, saia do undo dos desperto e adentre o mundo dos sonhos. Afinal seu dia tinha sido cheio antes mesmo de entrar no beco da magia. E depois ainda teve que procurar o livro...o corpo pedia descanso, e foi atendido.

RRRRRRRRRRRRRRRRRROOOOOOOOOOOOOOOONNNNNNNNCCCCCCCCCC

Seu ronco é sua única resposta a Elyaris, que busca diligentemente uma solução para aquele caso. E nem podemos chamar Póllux de relapso, pois ele sequer está aqui agora. Na verdade, no recinto há apenas Elyaris, Moebius, e um corpo.

RRRRRRRRRRRRRRRRRROOOOOOOOOOOOOOOONNNNNNNNNNNCCCCCCCCCCC

Não se passou tanto tempo assim, mas o corpo consegue seu descanso, e um novo perispírito se liga a seu cordão de prata. Póllux está bem longe dali.

RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOONNCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC

E Gemini acorda, assustado com seu próprio ronco.

"Mas que barulho foi...ah...esqueci que o Póllux sempre ronca..."

Uma rápida inspeção pelo local. Tem alguma coisa errada.

"Onde diabos eu estou?" indaga o sempre pensativo Késtor. Ainda está meio zonzo,e sequer percebe a presença da moça e do boneco.

Vou deixar essa parte para vcs interpretarem =)

OFF: desculpa o atraso de novo...eu acho que vou continuar meio lento, mas vou continuar postando, ok?


-- ........................................ -- "Por que tem uma mulher NUA no meu...quer dizer...peraí...ONDE EU TO?!?!?!"

Késtor divaga inocentemente sem tirar os olhos da garota, até que tem um "estalo". "Eu devo estar constrangendo ela..." E rapidamente vira o rosto, quase tão vermelho quanto um tomate maduro. -- Parabéns... -- "Parabéns...PARABÉNS!!! VOCÊ TÁ MALUCO?!?!?! Ela vai pensar o que de você agora?" Não é do feitio de Késtor falar besteiras sem pensar, mas também nunca foi um gênio do comportamento social, especialmente quando sozinho num quarto com uma mulher nua...

"Póllux me paga...deixa eu ver se pelo menos ele escreveu alguma coisa no diário..." Imediatamente pega o diário na bolsa e o abre na última página escrita:

"[...]Então guarde bem, precisamos de poções curativas, poções energéticas, e talvez alguns elixires para venenos e óleo pra resistir ao frio. O que der, pelo menor preço, e nada de pechinchas! E não se esqueça, que nesse momento, para qualquer um que não nos conheça, nosso nome é Gemini![...]"

Uma pequena pausa para e uma inspiração profunda.

"Ele...não ESCREVEU! Eu já disse pra ele escrever o que fez no dia, eu já tive uma TENDINITE de tanto escrever pedindo pra ele RELATAR O QUE DIABOS ELE FEZ DURANTE O DIAAA!!!!! QUAL É O PROBLEMA DELE?!?!?!?"

Enquanto pragueja contra seu querido irmão, Késtor inconscientemente morde o diário e o segura com força, quase rasgando o couro. Até que ele percebe a presença de Moebius.

-- O que...O que diabos é você!? -- Pula de susto, se afastado do inofensivo boneco. -- O que tá acontecendo aqui? -- Pergunta para Elyaris.

- O mestre parece estar um pouco confuso. - começou o cavaleiro. - Eu sou Moebius, seu protetor. - disse se ajoelhando em uma reverência. Eles mal conseguiram notar, mas desde que chegaram no quarto havia se passado mais de 3 horas. Já deveria ser algo como 23h.

"Engraçado como esse boneco tem o mesmo nome daquele cachorro que tinha lá em casa quando a gente era criança...o Póllux também colocou esse nome naquele cavalo que ele ganhou do papai...Aliás, ele costumava chamar as partes íntimas dele assim...MEU DEUS, POR QUE EU SEI DISSO?"

Está prestes a encostar no boneco para avaliá-lo de perto, quando Elyaris responde.

-- Memória? não na verdade eu tenho uma memória excelente só que...Peraí, você me chamou de que? -- "Ah não...AH NÃO! Eu já repeti umas QUINHENTAS VEZES praquele Zé Ruela do Póllux NÃO se introduzir com o nome dele...é pra falar Gemini...GEMINI!"

-- Érr...claro...Póllux...Na verdade esse é o meu...segundo nome...Você pode me chamar de Gemini, eu prefiro. Na verdade insisto. -- "Opa...perai...que história é essa de boneco protetor e que eu queia ele vivo?"

Uma boa olhada ao redor, e Késtor está uma pilha de nervos. "Esse bando de coisa aqui...isso não é o tipo de coisa que uma casa comum guardaria...OS SUPRIMENTOS MÁGICOS! Eu só quero que o Póllux tenha lembrado de comprar os suprimentos mágicos!"

E na bolsa: Nada. "Às vezes me pergunto o que eu fiz para merecer...Quer saber...talvez eu deva queimar o filme dele um pouco...hum...melhor descobrir o que tá rolando por aqui. Dá última vez que acordei com uma moça nua, tive que fugir do casamento que o Póllux prometeu à menina..."

-- Eu não lhe prometi nada não né?....digo......O que nós estamos fazendo aqui mesmo? Eu....cochilei....--